terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Dry Needling para Atletas

      O método de recuperação para atletas profissionais como James Harrison, Elena Delle Donne e Anthony Davis utilizam. Você experimentaria?

Dry Needling

      Os atletas se machucam - esse é o risco que eles correm. Fugir e previnir as lesões (e jogando com elas) é uma parte importante do sucesso atlético de longo prazo, assim que encontrar novos métodos de recuperação que funcionam melhor, deve ser uma prioridade. Uma técnica interessante que foi decolando em popularidade é o Dry Needling (Agulhamento a Seco).

      Nos últimos dois anos, atletas como Troy Tulowitzki, Elena Delle Donne, Anthony Davis e James Harrison usaram o Dry Needling para tratar lesões e eles tiveram grande sucesso. O que torna ainda mais interessante é que certos atletas relatam que o método é quase indolor, enquanto outros dizem que é praticamente insuportável. Assim, o Dry Needling pode ajudá-lo a recuperar-se das lesões?

O quê é o Dry Needling (Agulhamento a Seco)?

James Harrison Dry Needling
                                              Foto da página do Instagram de James Harrison's

      A Associação Americana de Terapia Física define o Agulhamento a Seco como "uma intervenção especializada que usa uma fina agulha filiforme para penetrar na pele e estimular os pontos de gatilho miofasciais subjacentes (Triger Points), os tecidos musculares e conectivos para o manejo da dor neuromusculoesquelética e comprometimento do movimento".

      Tradução? As agulhas longas e finas são inseridas através da pele e no músculo em e / ou em torno de uma área inflamada. É chamado agulhamento seco porque a agulha não é usada para injetar nada no corpo, como é o caso com uma agulha hipodérmica.

      Quando ocorre uma lesão, o tecido danificado fica inflamado. Uma das funções da inflamação é proteger contra mais danos à área, e parte deste processo envolve a contração muscular e aperto. Esta é uma coisa boa porque o músculo está tentando curar-se, mas a inflamação limita a quantidade de fluxo de sangue bom que alcança a área. Parte da agulha é inserida para acertar "pontos de gatilho" dentro do músculo, facilitando uma liberação de tensão, o que promove a cura.

      "O Dry Needling cria um bom fluxo de sangue", diz Mo Skelton, um fisioterapeuta licenciado com sede em Oklahoma e dono da Momentum Physical Therapy e Sports Performance. "Com uma lesão, há uma inflamação, é uma coisa boa, porque esse é o corpo que tenta curar, mas você também tem lixo despejado lá, coisas como o sangue antigo e produtos de resíduos. O Dry Needling promove novo fluxo de sangue Fazendo com que as partes ruins sejam retiradas do corpo, trazendo mais coisas boas (sangue rico em oxigênio). "

      Isso pode parecer semelhante à acupuntura, mas o agulhamento a seco é baseado na medicina ocidental, Considerando que a acupuntura é baseada na medicina oriental e filosofia. A acupuntura faz um equilibrio em torno do fluxo de energia através de meridianos no corpo. A agulha seca é baseada no conhecimento fisiológico e anatômico ocidental moderno. Além disso, o Dry Needling é significativamente mais profundo no músculo do que a acupuntura tradicional. Skelton pratica o que é conhecido como agulhamento seco integrativo, como fazem muitos fisioterapeutas.


Onde as Agulhas são Inseridas?

Carmelo Anthony Dry Needling
Foto da página do Instagram de Carmelo Anthony's 

      Depende muito do tipo de lesão e sua localização. O Dry Needling envolve não só inserir agulhas na área afetada, mas muitas vezes rastreamento do nervo que percorre essa área e colocando agulhas nos músculos ao longo dele.

      "Você tem o curso do nervo que está fornecendo sensação e, portanto, dor para a área. Portanto, temos músculos ao longo do curso do nervo que tratamos também", diz Skelton. "Os isquiotibiais são inervados pelo segmento vertebral L5-S1. Então, para uma lesão no tendão do joelho, você pode subir em torno da coluna lombar e, em seguida, trabalhar o caminho até a área e para o isquiotibial."


Quão grandes são as agulhas?

Dry Needling
Foto cortesia Akron Children's Hospital

      O comprimento das agulhas utilizadas depende de vários fatores, por exemplo, a localização da lesão, o tempo após a lesão, a acentuação da lesão e o tipo de corpo.

      Certas áreas e tipos de corpo podem reagir melhor com uma agulha mais curta, enquanto outras áreas e composições corporais reagem melhor com as mais longas. "Para um cara como James Harrison, ele é um ser humano grande e denso. Então, se ele tem um problema de glúteo, você poderia usar uma agulha de 4 polegadas no local, porque ele tem tanto músculo nessa área", diz Skelton. "Áreas como a Banda Iliotibial podem aceitar uma agulha de 3 polegadas sem muita dificuldade."

      Em termos de espessura, as agulhas são muito finas, frações de um milímetro. As agulhas de 3 polegadas que Skelton usa são de apenas 0,3 milímetros de diâmetro, e as de 1,5 polegadas são apenas 0,25 milímetros. "É muito mais fina do que a agulha hipodérmica mais fina que você conhece," diz Skelton.


Que tipo de lesões pode ser resolvido?

James Harrison Dry Needling
Foto da página do Instagram de James Harrison's 

      De acordo com Skelton, "qualquer tipo de dor muscular ou articular pode ser abordada" através do uso de agulhas secas - aguda e crônica. Obviamente, alguns irão proporcionar melhores resultados do que outros, mas a gama de lesões que podem potencialmente ser tratadas através de agulhamento a seco é quase infinita.

      O tratamento é geralmente progressivo na agressividade. Em sua primeira sessão, você provavelmente não terá 25 agulhas de 3 polegadas preso e puxando diretamente os seus isquiotibiais.

      "No início, talvez não façamos tanto até que vejamos a resposta do paciente: quanto mais você progride, maiores as agulhas, mais agulhas,  menos tempo você fica com elas.", diz Skelton.

      A agulha seca não é utilizada exclusivamente como um método reacionário de recuperação. Ele também pode ser implementado como prevenção pró-ativa de lesões. Se você antecipar problemas decorrentes ao longo da temporada, você pode usar agulhamento seco regularmente para ficar prevenido e novas lesões. "Eu tenho um cavaleiro profissional com quem trabalho, ele vem dois dias depois de cada evento, e vamos usar agulhas secas para cima e para baixo em seu braço de montaria, mesmo se não houver uma" lesão ". Você pode realmente usá-lo para evitar uma tendinite, por isso é quase como um método preventivo ", diz Skelton.


O Dry Needling é muito doloroso?

Pain

      James Harrison recentemente descreveu o agulhamento a seco para a ESPN como "doloroso como o inferno". Para um cara tão duro como Harrison dizer isso, deve ser muito terrível, certo?

      No entanto, outros atletas relataram que a agulha seca é praticamente indolor. Então o que há? Harrison é apenas um grande idiota?

      Definitivamente não. É apenas que a técnica utilizada em Harrison é mais agressiva e mais dolorosa do que a técnica utilizada em outros.

      Com lesões agudas, o primeiro passo é normalmente inserir agulhas curtas em torno de qualquer nódulo para criar o fluxo sanguíneo e liberar sangue e resíduos antigos (acúmulo que forma contusões). Uma vez que o fluxo sanguíneo aumenta e alguns hematomas desaparecem, agulhas mais longas podem ser usadas, e a área pode ser direcionada diretamente. "Com lesões agudas, as pessoas são hipersensíveis", diz Skelton. "Então, não vamos nos aprofundar nem ser agressivos ou até mesmo ir para a área mais dolorosa imediatamente". Com essa abordagem lenta e progressiva, você provavelmente não vai sentir muita dor.

      Para lesões crônicas, a abordagem pode ser mais agressiva. O número de agulhas secas de Harrison não está focado em lesões agudas - está focado em ajudá-lo a lidar com a dor crônica e o desgaste que ele acumulou ao longo de sua carreira de 13 anos na NFL. "Com lesões crônicas, você pode usar um pouco mais agulhas e movimentá-las com mais frequência.Você pode quase propositadamente tentar criar uma contusão, porque você quer fluxo de sangue extra para essa área. Que certamente uma ferida irá criar", Skelton diz.


Quais são os riscos?

Lungs

      Os maiores riscos são penetrar os pulmões ou rins com uma agulha, mas isso é improvável que aconteça se você estiver trabalhando com um profissional da saúde capacitado e registrado que teve treinamento adequado.

      "O maior risco são os principais órgãos, mas se você sabe anatomia, você sabe que tipo de agulhas e técnicas para usar nessas áreas", diz Skelton. "Você também tem que ter certeza de que as agulhas são mantidas estéreis para evitar infecções."


Funciona?

WNBA Star Elena Della Donne
                                                        Foto cortesia de Getty Images

      O Dry Needling certamente parece funcionar para muitos atletas.

      Harrison jura por ele. As dores nas costas de Delle Donne foram consideravelmente reduzidas em apenas duas semanas, quando ela integrava o Dry Needling em seu tratamento. Isso ajudou Anthony Davis a jogar sem dores nas costas também, e Matt Flynn acredita que com dor reduziu muito em seu braço melhorando a performance durante o jogo.. Inúmeros outros atletas também relataram grandes resultados.

      "A razão pela qual está crescendo em popularidade é porque ele funciona", declara Skelton. "Não é realmente uma coisa nova, mas mais pessoas estão achando que funciona e é uma espécie de tendência emergente na fisioterapia. Mais atletas estão experimentando isso."

      Em termos de pesquisa, os médicos ainda estão lidando com exatamente como ele funciona, e a pesquisa ainda é um pouco turva. Um estudo do Journal of the American Board of Family Medicine concluiu que a agulha seca é "minimamente invasiva, barata, fácil de aprender e de baixo risco. Sua eficácia tem sido confirmada em numerosos estudos e duas revisões sistemáticas abrangentes". No entanto, a validade desta pesquisa tem sido questionada pelos críticos, e ainda não houve um grande estudo de qualidade e controlado que avalia os efeitos do Dry Needling.

      O Dry Needling é quase sempre usado em conjunto com métodos de tratamento mais tradicionais como massagem de tecido mole, estimulação muscular, alongamento, gelo e exercício, por isso é difícil dizer definitivamente que a agulha seca sozinha está produzindo grandes resultados. O Dry Needling libera opióides naturais dentro do corpo, que são analgésicos, e isso certamente poderia ajudar as pessoas se sentirem melhor, mesmo se não é uma correção de longo prazo.

      Os perigos de agulhamento a seco são mínimos, por isso cabe a você segui-lo como um tratamento. No entanto, é importante procurar um Profissional da Saúde Capacitado e licenciado que tenha certificação e prática na aplicação de agulhamento a seco. Isso não é algo que seu Personal Trainer, Médico ou Fisioterapeuta possam fazer sem que estejam devidamente capacitados e com experiência na aplicação de agulhamento a seco. Consulte o seu médico da equipe, Treinador ou Fisioterapeuta para ver se o Dry Needling é algo que eles recomendariam.

Fonte: http://www.stack.com/a/james-harrison-destroyed-leg-day-just-hours-after-dominating-an-nfl-playoff-game

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Como realizar tratamento da Escoliose através do Método Pilates

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      A Escoliose é uma das patologias mais comuns em um Studio de Pilates, e o número de alunos com os sintomas pode ser muito grande, principalmente se ela for diagnosticada apenas na hora da avaliação. Assim o Método Pilates é uma ótima opção para o Tratamento da Escoliose.
      Nesse artigo irei abordar todas as informações necessárias para entender e tratar essa patologia que acomete muitas pessoas.

Definição de Escoliose

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       A escoliose é um desvio lateral da coluna, acompanhada da rotação dos pontos vertebrais e toda a vértebra. É um desvio tridimensional da coluna vertebral, curvatura lateral no plano frontal, rotação no plano horizontal e flexão no plano sagital, por isso deve ser realizado um tratamento da escoliose.
      Nas radiografias o desvio da coluna se observa em plano frontal e os setores da coluna onde existe um desvio lateral da coluna vertebral com rotação dos pontos vertebrais, e mudança estrutural das vértebras que formam a curva e desvios dos pontos vertebrais.
      A coluna sofre uma deformidade completo de dois componentes: uma curva lateral e uma rotação vertebral. As apófises espinhosas rotam para o lado da concavidade, agrupando entre si as costelas do lado côncavo, podendo deslocar para a frente, enquanto os corpos vertebrais rotam até o lado da convexidade, as costelas se deslocam para trás, aumentando a prominência posterior à corcunda, provocando uma deformação assimétrica do tórax.
      Os espaços discais se contraem, os pontos vertebrais se pressionam, as lacunas ficam enxutas do lado côncavo, os espaços discais se alargam, as lacunas engrossam e alargam o lado convexo, e se deforma também o canal vertebral.
      A rotação vertebral curva o hemotórax, enquanto eleva o hemotórax até o local que rota o ponto vertebral, desta maneira explicando a corcunda nos pacientes necessitando assim o tratamento da escoliose.

Tipos de Escoliose: Estruturais ou Funcionais

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Escoliose Estrutural

      A escoliose estrutural está sempre acompanhada da rotação dos pontos vertebrais, a curva não mostra mobilidade normal, é um segmento vertebral que perdeu sua flexibilidade natural em movimentos de inclinação lateral e flexão. Há uma afetação do tecido ósseo, e nas radiografias se observa a forma de S da coluna vertebral. A corcunda se mantém ou aumenta até o dorso converso do paciente, ao realizar avaliação com a Manobra de Adams.

Etiologia – Escoliose Estrutural

A escoliose estrutural pode ser:
  • Congênita
  • Neuropática
  • Miopática
  • Idiopática: são de etiologia desconhecida e constituem 90% das escolioses, são as mais frequentes e podem ter um fator genético, mas frequente em mulheres saudáveis e púberes, se classifica em 3 grupos, infantil (0 a 3 anos), juvenil (3 a 10 anos) e adolescente (depois dos 10 anos de idade) sendo esta última a mais frequente. Não apresenta sintomas de dor.
      O tratamento da escoliose consiste principalmente em prevenir o avanço da deformidade. A escoliose estruturada é sempre progressiva durante os anos de desenvolvimento ósseo, especialmente durante o surto de crescimento da pré adolescência.
      A deformidade se acentua ainda mais nos casos congênitos e neurológicos, onde a deformidade irá diminuir com a posição controlada.

Escoliose Funcional

      A escoliose funcional são não estruturadas ou pseudoescoliose, o desvio da coluna não acompanha a rotação dos pontos vertebrais, a coluna é flexível ao realizar os movimentos de flexão e inclinação, a curva da coluna tende a desaparecer ao realizar a Manobra de Adams. Nas radiografias se observa a forma C.

Etiologia – Escoliose Funcional

  • Desigualdade ou dissimetria de membros inferiores
  • Atitudes viciosas do quadril
  • Sintomatologia dolorosa ou antálgica
  • Escoliose histérica
  • Atitude viciosa habitual

Tipos de Escoliose: Por sua Localização

Tratamento da Escoliose 3
Segundo o setor vertebral em que estão situados e o lado da convexidade:
  • Cervical
  • Cervicotorácica
  • Torácica
  • Thoracolumbar
  • Lombar
  • Lumbosacra
99% são torácicas, thoracolumbar ou lombar.

Escoliose Idiopática

Medição das Curvas Escolióticas
A curva Escoliótica tem os seguintes elementos:
  • Curva Primária ou Principal
É a primeira a aparecer, a mais estruturada com vértebras mais rodadas e acunhadas.
  • Curva Secundária ou Compensatória
Se forma por cima ou por baixo da curva primária, tentando manter o equilíbrio corporal.
  • Ápice
Ponto da curva mais distante da linha média, sobre a vértebra apical.
  • Vértebra ápice ou apical
Vértebra mais distante da linha média, é a mais rotada e acunhada.
  • Vértebra limite
Vértebra no extremo superior ou cefálica e inferior, ou caudal da curva.
  • Vértebra neutra
Por cima das vértebras limite.
      A medição da curva escoliótica se realiza mais comumente com o Método de LIPPMAN-COBB, com a finalidade de conhecer a magnitude das curvas quando se inicia o estudo de um paciente, controlar o progresso da evolução das mesmas, e avaliar os resultados do tratamento da escoliose que foram realizados.

Sinal de RisserTratamento-da-Escoliose-5


      O sinal de Risser determina o fechamento das cartilagens de crescimento, mede o grau de ossificação e determina a idade fisiológica.
      Nas Escolioses Idiopáticas e mais ainda nas mulheres antes da menarca, quanto mais precoce é o começo de uma escoliose, menor o sinal de Risser e maior o ângulo de LIPPMAN-COBB, maiores possibilidades tem de chegar a graus sérios.
      As curvas menores de 20° – depois do fechamento da cartilagem, aproximadamente aos 16 anos de idade – raramente evoluem. Uma menina de 11 anos com um ângulo de 30°, tem 90% de risco de evolução da deformidade.
      As curvas podem aumentar seu tamanho enquanto a coluna vertebral segue crescendo em altura, quando este crescimento se detém, marca o fim da possibilidade de evolução de uma escoliose idiopática, esta medição se efetua com o sinal de Risser, que se mede na crista ilíaca desde a frente de EIAS até atrás de EIPS e vai desde Risser 0 à Risser 5.
Tratamento-da-Escoliose-4

Tratamento da EscolioseTratamento-da-Escoliose-7

      O tratamento da escoliose idiopática leve, com valores angulares inferiores aos 20°, flexível, deve ser controlar periodicamente a cada 6 meses para avaliar sua evolução e tratada com exercícios posturais e alongamento.
      Já o tratamento da escoliose entre 20° a 40°, com progressão da curva e anos de crescimento passados, deve ser tratar com o corset de Milwaukee, Boston, Charleston, mais exercício físico.
      O corset deve ser utilizado enquanto a coluna está flexível até a estabilização definitiva da mesma. Ele não é um endireitador de curvas, ele apenas atua controlando o crescimento da coluna vertebral em ordem do tratamento da escoliose.
      No caso de uma escoliose maior do que 40°, ela deverá ser tratada cirurgicamente com uma artrodese da coluna, imobilizando a coluna vertebral, para impedir a progressão da curva.

Análise Postural e Manobra de ADAMSTratamento da Escoliose 9

      A escoliose deve ser detectada quando precoce, tratando as curvas o mais cedo possível, evitando que se enrijeçam, estruturadas ou acelere sua progressão no tratamento da escoliose.
      As curvas graves podem afetar a capacidade respiratória pela deformidade do tórax facilitando infecções, asma e outros problemas respiratórios; aumento da deformidade, alterações cardíacas, dor nos adultos com o decorrer do tempo e por ação da força da gravidade e degeneração, compressão nervosa, problemas digestivos como esofagite.
      As curvas lombares tendem a uma maior deformação, enquanto que as torácicas tendem a uma menor deformação pelo segmento da coluna com menor mobilidade.
      Essa patologia, aparte da deformidade, é assintomática e devemos realizar uma análise postural estática e dinâmica, avaliar com a linha da coluna, avaliar com a manobra de ADAMS, avaliar a flexibilidade e mobilidade da coluna vertebral, para assim realizar o tratamento da escoliose.

Avaliação da Linha de Prumo

      Avaliar com uma linha de prumo ou imaginária: buscar assimetrias preferentemente nos ombros, escápulas, o triângulo da cintura, e a pélvis.
  • Vista de Frente: a linha de prumo atravessará o centro do crânio, entrecenho, ponta do nariz, linha média do mento, pontos vertebrais da coluna cervical, médio do esterno, umbigo, média sínfise publica, e cai dentro da base de sustentação.
  • Vista de Trás: a linha de prumo passará pelo centro da cabeça, apófise espinhosa, linha glútea e dentro da base de sustentação.
  • Vista Lateral: a linha de prumo ligeraimente posterior ao ápice da sutura coronal, através do conduto auditivo externo, corpo de 4°/5° vértebra cervical, médio do ombro por acromion, pontos das vértebras lombares, trocânter maior, ligeiramente anterior ao joelho, 1cm em frente ao maléolo externo.

Manobra de ADAMS

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Observar desde a parte de trás do aluno, a flexão da coluna vertebral, detectar a deformação da coluna ou da corcunda, lado até onde o ponto vertebral rota. O lado de convexidade será o que observaremos na manobra, esse lado estará mais alongado e menos forte em relação ao lado oposto.

Avaliação da Mobilidade da Coluna Vertebral

      Desde a vista lateral, observar durante a flexão da coluna zonas com pouco mobilidade articular.

Objetivo do Trabalho com Pilates

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       Geralmente, os alunos que concordam em ir à um Studio de Pilates, apresentam escolioses leves, idiopáticas ou funcionais. A principal ferramenta para avaliar corretamente um aluno é a manobra de ADAMS, além de uma análise postural, detectar o lado dominado do corpo para alonga-lo e trabalha-lo no lado dominante para fortalece-lo. Determinar se a escoliose é estrutural ou funcional.
      Quando ela é estrutural, não existe um tratamento para a escoliose, nós só podemos evitar o avanço da deformidade, já que há uma alteração do tecido ósseo, dada pela rotação da vértebra no setor da curva escoliotica. A melhoria na escoliose é muito pequena, já que está afetando o tecido ósseo além do muscular.
      Quando a escoliose é funcional, além de evitar o avanço da deformidade, saberemos tratar de detectar à que ela obedece, por exemplo: se é antálgica por uma dor de outra patologia, como uma discopatia, então deveremos focar nessa patologia primeiro, para então avançar sobre a escoliose que irá diminuindo à medida que vamos solucionando a patologia base que produziu a escoliose.
      Nas escoliose funcional, que é flexível, não há alteração óssea, a menos que esteja estruturada e a coluna tenha perdido sua flexibilidade. O tratamento da escoliose deve buscar equilibrar as tensões musculares de ambos os lados da escoliose com alongamento axial. Detectar se existem compensações, retrações provocadas pela fáscia do tecido conectivo.
      Perguntar ao aluno quais são suas atividades da vida diária, tipo de trabalho que realiza, analisando se se mantém em uma postura determina e esta é a causa de uma atitude escoliotica. Pedir exames prévios, certificados médicos.
      O objetivo do trabalho com o Pilates em um tratamento da escoliose, será evitar que continue a deformidade, diminuir a escoliose se é funcional, dar mobilidade, flexibilidade, desrotacionar a coluna no sentido corretor da escoliose, manter a posição de correção com fortalecimento muscular e funcionalidade da coluna vertebral, transferindo o aprendido à vida cotidiana e laboral.
Trabalhar sobre:
  • Estabilidade da cintura pélvica e cintura escapular. Trabalhar em posição neutra.
  • Mobilização e flexibilização da coluna vertebral nos 3 planos de movimento. Buscar flexibilidade e mobilidade da coluna no sentido corretor, abrindo as costelas do lado encurtado. Uma vez que se alcançou mobilidade e flexibilidade, quando o aluno é consciente da posição correta, se aplicam exercícios de fortalecimento na posição de correção e alongamento axial.
  • Fortalecer o centro do power house para criar um corset muscular natural, e alongamento axial com ativação dos músculos paravertebrais.
  • Trabalhar em forma tridimensional, nos 3 planos de movimento com componente rotatório.
  • Trabalhar sobre os músculos que estão encurtados e fortes no lado da concavidade e os alongados e fracos (geralmente essa é a regra) no lado da convexidade, buscando alongar o lado curto ou côncavo, onde os músculos estão encurtados e fortalecer o lado largo ou convexo da escoliose onde os músculos estão alongados. Deve procurar equilibrar as tensões musculares de ambos os lados da escoliose, especialmente com o alongamento axial que ativa os músculos paravertebrais. Primeiro obter flexibilidade e propriocepção com o sentido corretor da escoliose, logo trabalhar o fortalecimento. Utilizar contrações lentas que se mantém, ou contrações isométricas assistidas com a respiração.
  • Trabalhar com a respiração para aumentar a capacidade respiratória, principalmente do lado encurtado buscando um efeito corretor da coluna e da caixa torácica. Buscar desrotacionar a coluna, flexibilizar músculos, fáscias e ligamentos por meio da respiração.
  • Se a escoliose é em forma de S, se trabalha com a curva principal ou a maior, logo a curva menor segue a maior.
  • Se além da escoliose há cifose, fortalecer o centro abdominal, espinhal e solo pélvico, irá corrigindo a cifose e trabalhar com movimentos necessários para a escoliose.
  • Se a escoliose está artrodesada, esse setor da coluna não tem mobilidade, ou tem mobilidade escassa, mas as zonas adjacentes superiores e inferiores são hiper móveis, podem apresentar dor, focar nessas zonas.
  • Assistir o aluno no alongamento do lado encurtado. Realizar inspirações sustentando e aumentando o comprimento desse lado encurtado, aplicar a técnica de streching resulta em muita efetividade.
  • Trabalhar com consciência corporal, imagem corporal e propriocepção, adotar e manter um alinhamento correto da postura não somente durante as aulas de Pilates, sendo que deve ser transmitido às atividades da vida diária melhorando sua funcionalidade.
  • Utilizar as partes de um exercício determinado de Pilates, que vai à direção correta do que se busca.
  • Trabalhar e considerar o aluno como um todo, programar e planificar o trabalho em forma integral, avaliar o aluno em diversas posições tanto estáticas como dinâmicas, em posições de decúbito, quadrupeda, rolados, sedestação, bipedestação, marcha, atividades cotidianas e laborais.
Bibliografia:
  • Cosentino R. Semiologia em Ortopedia e Traumatologia. Colunas em Geral Cap. 15 Escoliose.
  • Esteve de Miguel, R Esteve de Miguel. Escoliose cap. 10
  • Kendall s Músculos, Testes Funcionais, Postura e Dor.

Fonte:

 Sandra Battello

Sandra Battello
Maestra de 2° Generación de J Pilates, Master Teacher de Lolita San Miguel, Lolita´s Disciple. PMA- CPT. Stott Pilates Instructor Full Certificación. MK Pilates. Certified GYROTONIC Trainer. Cursando Lic. En Kinesiología Universidad Fasta.

EXERCÍCIOS PARA ALIVIAR A TENSÃO NA CERVICAL





      A dor cervical é uma das queixas mais comuns nos estúdios. A má postura no trabalho e o estresse do dia a dia fazem com que a cabeça fique mais pesada do que já é, sobrecarregando todos os músculos em volta da cervical e da cintura escapular.
      Como todo professor de Pilates já sabe, para melhorar essas dores devemos resgatar as curvaturas naturais da coluna e fortalecer os músculos profundos do pescoço, trapézios, romboides, transverso do abdômen… Mas muitas vezes o aluno chega tão tenso que não conseguimos fazer o trabalho adequado e até podemos piorar a dor dele.
      Hoje vamos mostrar alguns exercícios com a mini stability-ball que funcionam muito bem para aliviar essa tensão no início da aula e depois dar andamento nos exercícios de fortalecimento com os equipamentos ou outros acessórios.
Exercício 1
      Esvazie um pouco a mini stability-ball e coloque entre a caixa torácica e o braço. Respire profundamente, focando nela. Tenha mais atenção na inspiração e perceba como a capacidade respiratória vai aumentando a cada repetição. Depois continue respirando com o foco do olhar na direção do ombro oposto ao braço. Tire a bolinha e note a diferença entre os dois lados – o lado onde estava a bola provavelmente estará mais relaxado. Faça o mesmo do outro lado.
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Exercício 2
      Contra uma parede, posicione uma mini stability-ball na coluna torácica e outra na cabeça (de modo que mantenha as curvas naturais da coluna). Respire profundamente focando na expansão das costelas para trás na inspiração e pressione suavemente a cabeça contra a outra bolinha. Repita algumas vezes e depois faça movimentos de sim e não com a cabeça.
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Exercício 3
      Novamente contra a parede, posicione uma mini stability-ball na lombar e uma mais vazia na torácica (mantendo as curvas naturais da coluna). Respire profundamente focando na expansão das costelas para trás. Depois estenda os braços na linha dos ombros e faça movimentos recíprocos de protração e retração da escápula junto com o movimento da cabeça (que deve ser sempre olhando para o lado que está retraindo).
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Exercício 4
Sugestões de apoios para a cabeça que auxiliam o alívio do pescoço:
Decúbito dorsal – coloque uma mini stability-ball murcha na cabeça e outra na lombar, focando sempre em manter as curvas naturais. Muitas vezes, a sobrecarga no pescoço ocorre devido à falta de curva na região torácica.
Decúbito lateral – com uma mini stability-ball embaixo da orelha, promovendo o alinhamento do tronco e fortalecendo a musculatura profunda do pescoço.
Quatro apoios – coloque uma mini stability-ball bem murcha entre uma parede e a cabeça para sustentar a posição durante exercícios de prancha.
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Exercício 5
      Quando o aluno estiver muito tenso, nunca faça alongamento passivo tentando aproximar a cabeça do ombro puxando com a mão. Experimente movimentos ativos, pensando em afastar a mão do topo da cabeça. Colocar a mini stability-ball embaixo da mão é uma ótima maneira para ter essa sensação de crescimento.
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      Como vimos, a mini stability-ball é uma ferramenta muito boa para propiocepção e alivio das tensões.
      A respiração profunda focando na bolinha faz com que o aluno relaxe a musculatura acessória da respiração e tire a sensação de “peso no pescoço e nos ombros”, que muitas vezes tem fatores emocionais envolvidos.
      Nada como uma boa respiração profunda para tirarmos a atenção dos problemas e estarmos prontos para a aula de Pilates!
Experimente!

Fernanda Avancini
Educadora Física (O97351-G/SP), instrutora de Pilates, ZEN.GA e TOTAL BARRE (Certificação internacional STOTT PILATES)

ESTRELAS PILATEIRAS: QUAIS FAMOSAS ADERIRAM AO PILATES

estrelas pilateiras

      Que fazer Pilates faz muito bem para a saúde, todo mundo já sabe! É por isso que o método de Joseph tem ganhado cada vez mais visibilidade e muitas famosas estão se tornando adeptas da prática. Hoje, vamos conferir algumas pilateiras famosas. Vem com a gente!
Manu Gavassi
      A atriz, cantora e it girl Manu Gavassi sempre foi magrinha e até tentou fazer musculação, mas aprendeu a aceitar o seu corpo como é e agora aposta no Pilates para se manter em forma. Em seu Twitter, a musa teen sempre fala das aulas. Por que escolheu a modalidade? “Pilates é bom para a saúde e para a mente.”. Não tem como discordar, não é mesmo?
Letícia Borghetti Kuhn – Miss RS
leticia borghetti
      Eleita recentemente a mulher mais bonita do Rio Grande do Sul, a Miss Letícia Borghetti pratica Pilates há dois anos em uma academia na cidade de Espumoso. A proprietária do estúdio, Pita Güths diz que está muito feliz com o resultado da parceria com Letícia. “É uma realização ver que o trabalho desenvolvido deu certo”, conta.
Sophia Abrahão
sophia abrahao
      A atriz que vai estrear no quadro “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faustão, deixou seus seguidores do Instagram surpresos com a sua flexibilidade. Sophia Abrahão postou uma foto de um treino com bola e mostrou como consegue manter a sua boa forma. Sophia já declarou sua paixão por Pilates: “Além de fortalecer o core, deixa o abdômen incrível, e melhora a postura e a respiração. Vale a pena!”.
Thais Fersoza
thais fersoza
      A Melinda nasceu no começo do mês e quem acompanhou a gestação da mamãe Thais Fersoza viu como ela se preparou para esse grande momento: com Pilates! Thais sempre postava fotos nas suas aulas e dizia que estava cuidando das duas. Fez muito bem!
Lucilene Caetano
lucilene caetano
      Outra nova mamãe que também não deixou o Pilates durante a gravidez foi a apresentadora Lucilene Caetano. Ela já pratica o método há dois anos e não parou com nenhuma atividade enquanto esperava o Theo. Isso fez com que ela engordasse apenas sete quilos durante a gestação. Além do Pilates, ela também praticou acroyoga e hidroginástica, mas com o nascimento do bebê, Lucilene precisou diminuir o ritmo dos treinos, por conta da amamentação.
Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2924713190603013425#editor/target=post;postID=1449160587894547791