quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Como realizar tratamento da Escoliose através do Método Pilates

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      A Escoliose é uma das patologias mais comuns em um Studio de Pilates, e o número de alunos com os sintomas pode ser muito grande, principalmente se ela for diagnosticada apenas na hora da avaliação. Assim o Método Pilates é uma ótima opção para o Tratamento da Escoliose.
      Nesse artigo irei abordar todas as informações necessárias para entender e tratar essa patologia que acomete muitas pessoas.

Definição de Escoliose

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       A escoliose é um desvio lateral da coluna, acompanhada da rotação dos pontos vertebrais e toda a vértebra. É um desvio tridimensional da coluna vertebral, curvatura lateral no plano frontal, rotação no plano horizontal e flexão no plano sagital, por isso deve ser realizado um tratamento da escoliose.
      Nas radiografias o desvio da coluna se observa em plano frontal e os setores da coluna onde existe um desvio lateral da coluna vertebral com rotação dos pontos vertebrais, e mudança estrutural das vértebras que formam a curva e desvios dos pontos vertebrais.
      A coluna sofre uma deformidade completo de dois componentes: uma curva lateral e uma rotação vertebral. As apófises espinhosas rotam para o lado da concavidade, agrupando entre si as costelas do lado côncavo, podendo deslocar para a frente, enquanto os corpos vertebrais rotam até o lado da convexidade, as costelas se deslocam para trás, aumentando a prominência posterior à corcunda, provocando uma deformação assimétrica do tórax.
      Os espaços discais se contraem, os pontos vertebrais se pressionam, as lacunas ficam enxutas do lado côncavo, os espaços discais se alargam, as lacunas engrossam e alargam o lado convexo, e se deforma também o canal vertebral.
      A rotação vertebral curva o hemotórax, enquanto eleva o hemotórax até o local que rota o ponto vertebral, desta maneira explicando a corcunda nos pacientes necessitando assim o tratamento da escoliose.

Tipos de Escoliose: Estruturais ou Funcionais

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Escoliose Estrutural

      A escoliose estrutural está sempre acompanhada da rotação dos pontos vertebrais, a curva não mostra mobilidade normal, é um segmento vertebral que perdeu sua flexibilidade natural em movimentos de inclinação lateral e flexão. Há uma afetação do tecido ósseo, e nas radiografias se observa a forma de S da coluna vertebral. A corcunda se mantém ou aumenta até o dorso converso do paciente, ao realizar avaliação com a Manobra de Adams.

Etiologia – Escoliose Estrutural

A escoliose estrutural pode ser:
  • Congênita
  • Neuropática
  • Miopática
  • Idiopática: são de etiologia desconhecida e constituem 90% das escolioses, são as mais frequentes e podem ter um fator genético, mas frequente em mulheres saudáveis e púberes, se classifica em 3 grupos, infantil (0 a 3 anos), juvenil (3 a 10 anos) e adolescente (depois dos 10 anos de idade) sendo esta última a mais frequente. Não apresenta sintomas de dor.
      O tratamento da escoliose consiste principalmente em prevenir o avanço da deformidade. A escoliose estruturada é sempre progressiva durante os anos de desenvolvimento ósseo, especialmente durante o surto de crescimento da pré adolescência.
      A deformidade se acentua ainda mais nos casos congênitos e neurológicos, onde a deformidade irá diminuir com a posição controlada.

Escoliose Funcional

      A escoliose funcional são não estruturadas ou pseudoescoliose, o desvio da coluna não acompanha a rotação dos pontos vertebrais, a coluna é flexível ao realizar os movimentos de flexão e inclinação, a curva da coluna tende a desaparecer ao realizar a Manobra de Adams. Nas radiografias se observa a forma C.

Etiologia – Escoliose Funcional

  • Desigualdade ou dissimetria de membros inferiores
  • Atitudes viciosas do quadril
  • Sintomatologia dolorosa ou antálgica
  • Escoliose histérica
  • Atitude viciosa habitual

Tipos de Escoliose: Por sua Localização

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Segundo o setor vertebral em que estão situados e o lado da convexidade:
  • Cervical
  • Cervicotorácica
  • Torácica
  • Thoracolumbar
  • Lombar
  • Lumbosacra
99% são torácicas, thoracolumbar ou lombar.

Escoliose Idiopática

Medição das Curvas Escolióticas
A curva Escoliótica tem os seguintes elementos:
  • Curva Primária ou Principal
É a primeira a aparecer, a mais estruturada com vértebras mais rodadas e acunhadas.
  • Curva Secundária ou Compensatória
Se forma por cima ou por baixo da curva primária, tentando manter o equilíbrio corporal.
  • Ápice
Ponto da curva mais distante da linha média, sobre a vértebra apical.
  • Vértebra ápice ou apical
Vértebra mais distante da linha média, é a mais rotada e acunhada.
  • Vértebra limite
Vértebra no extremo superior ou cefálica e inferior, ou caudal da curva.
  • Vértebra neutra
Por cima das vértebras limite.
      A medição da curva escoliótica se realiza mais comumente com o Método de LIPPMAN-COBB, com a finalidade de conhecer a magnitude das curvas quando se inicia o estudo de um paciente, controlar o progresso da evolução das mesmas, e avaliar os resultados do tratamento da escoliose que foram realizados.

Sinal de RisserTratamento-da-Escoliose-5


      O sinal de Risser determina o fechamento das cartilagens de crescimento, mede o grau de ossificação e determina a idade fisiológica.
      Nas Escolioses Idiopáticas e mais ainda nas mulheres antes da menarca, quanto mais precoce é o começo de uma escoliose, menor o sinal de Risser e maior o ângulo de LIPPMAN-COBB, maiores possibilidades tem de chegar a graus sérios.
      As curvas menores de 20° – depois do fechamento da cartilagem, aproximadamente aos 16 anos de idade – raramente evoluem. Uma menina de 11 anos com um ângulo de 30°, tem 90% de risco de evolução da deformidade.
      As curvas podem aumentar seu tamanho enquanto a coluna vertebral segue crescendo em altura, quando este crescimento se detém, marca o fim da possibilidade de evolução de uma escoliose idiopática, esta medição se efetua com o sinal de Risser, que se mede na crista ilíaca desde a frente de EIAS até atrás de EIPS e vai desde Risser 0 à Risser 5.
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Tratamento da EscolioseTratamento-da-Escoliose-7

      O tratamento da escoliose idiopática leve, com valores angulares inferiores aos 20°, flexível, deve ser controlar periodicamente a cada 6 meses para avaliar sua evolução e tratada com exercícios posturais e alongamento.
      Já o tratamento da escoliose entre 20° a 40°, com progressão da curva e anos de crescimento passados, deve ser tratar com o corset de Milwaukee, Boston, Charleston, mais exercício físico.
      O corset deve ser utilizado enquanto a coluna está flexível até a estabilização definitiva da mesma. Ele não é um endireitador de curvas, ele apenas atua controlando o crescimento da coluna vertebral em ordem do tratamento da escoliose.
      No caso de uma escoliose maior do que 40°, ela deverá ser tratada cirurgicamente com uma artrodese da coluna, imobilizando a coluna vertebral, para impedir a progressão da curva.

Análise Postural e Manobra de ADAMSTratamento da Escoliose 9

      A escoliose deve ser detectada quando precoce, tratando as curvas o mais cedo possível, evitando que se enrijeçam, estruturadas ou acelere sua progressão no tratamento da escoliose.
      As curvas graves podem afetar a capacidade respiratória pela deformidade do tórax facilitando infecções, asma e outros problemas respiratórios; aumento da deformidade, alterações cardíacas, dor nos adultos com o decorrer do tempo e por ação da força da gravidade e degeneração, compressão nervosa, problemas digestivos como esofagite.
      As curvas lombares tendem a uma maior deformação, enquanto que as torácicas tendem a uma menor deformação pelo segmento da coluna com menor mobilidade.
      Essa patologia, aparte da deformidade, é assintomática e devemos realizar uma análise postural estática e dinâmica, avaliar com a linha da coluna, avaliar com a manobra de ADAMS, avaliar a flexibilidade e mobilidade da coluna vertebral, para assim realizar o tratamento da escoliose.

Avaliação da Linha de Prumo

      Avaliar com uma linha de prumo ou imaginária: buscar assimetrias preferentemente nos ombros, escápulas, o triângulo da cintura, e a pélvis.
  • Vista de Frente: a linha de prumo atravessará o centro do crânio, entrecenho, ponta do nariz, linha média do mento, pontos vertebrais da coluna cervical, médio do esterno, umbigo, média sínfise publica, e cai dentro da base de sustentação.
  • Vista de Trás: a linha de prumo passará pelo centro da cabeça, apófise espinhosa, linha glútea e dentro da base de sustentação.
  • Vista Lateral: a linha de prumo ligeraimente posterior ao ápice da sutura coronal, através do conduto auditivo externo, corpo de 4°/5° vértebra cervical, médio do ombro por acromion, pontos das vértebras lombares, trocânter maior, ligeiramente anterior ao joelho, 1cm em frente ao maléolo externo.

Manobra de ADAMS

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Observar desde a parte de trás do aluno, a flexão da coluna vertebral, detectar a deformação da coluna ou da corcunda, lado até onde o ponto vertebral rota. O lado de convexidade será o que observaremos na manobra, esse lado estará mais alongado e menos forte em relação ao lado oposto.

Avaliação da Mobilidade da Coluna Vertebral

      Desde a vista lateral, observar durante a flexão da coluna zonas com pouco mobilidade articular.

Objetivo do Trabalho com Pilates

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       Geralmente, os alunos que concordam em ir à um Studio de Pilates, apresentam escolioses leves, idiopáticas ou funcionais. A principal ferramenta para avaliar corretamente um aluno é a manobra de ADAMS, além de uma análise postural, detectar o lado dominado do corpo para alonga-lo e trabalha-lo no lado dominante para fortalece-lo. Determinar se a escoliose é estrutural ou funcional.
      Quando ela é estrutural, não existe um tratamento para a escoliose, nós só podemos evitar o avanço da deformidade, já que há uma alteração do tecido ósseo, dada pela rotação da vértebra no setor da curva escoliotica. A melhoria na escoliose é muito pequena, já que está afetando o tecido ósseo além do muscular.
      Quando a escoliose é funcional, além de evitar o avanço da deformidade, saberemos tratar de detectar à que ela obedece, por exemplo: se é antálgica por uma dor de outra patologia, como uma discopatia, então deveremos focar nessa patologia primeiro, para então avançar sobre a escoliose que irá diminuindo à medida que vamos solucionando a patologia base que produziu a escoliose.
      Nas escoliose funcional, que é flexível, não há alteração óssea, a menos que esteja estruturada e a coluna tenha perdido sua flexibilidade. O tratamento da escoliose deve buscar equilibrar as tensões musculares de ambos os lados da escoliose com alongamento axial. Detectar se existem compensações, retrações provocadas pela fáscia do tecido conectivo.
      Perguntar ao aluno quais são suas atividades da vida diária, tipo de trabalho que realiza, analisando se se mantém em uma postura determina e esta é a causa de uma atitude escoliotica. Pedir exames prévios, certificados médicos.
      O objetivo do trabalho com o Pilates em um tratamento da escoliose, será evitar que continue a deformidade, diminuir a escoliose se é funcional, dar mobilidade, flexibilidade, desrotacionar a coluna no sentido corretor da escoliose, manter a posição de correção com fortalecimento muscular e funcionalidade da coluna vertebral, transferindo o aprendido à vida cotidiana e laboral.
Trabalhar sobre:
  • Estabilidade da cintura pélvica e cintura escapular. Trabalhar em posição neutra.
  • Mobilização e flexibilização da coluna vertebral nos 3 planos de movimento. Buscar flexibilidade e mobilidade da coluna no sentido corretor, abrindo as costelas do lado encurtado. Uma vez que se alcançou mobilidade e flexibilidade, quando o aluno é consciente da posição correta, se aplicam exercícios de fortalecimento na posição de correção e alongamento axial.
  • Fortalecer o centro do power house para criar um corset muscular natural, e alongamento axial com ativação dos músculos paravertebrais.
  • Trabalhar em forma tridimensional, nos 3 planos de movimento com componente rotatório.
  • Trabalhar sobre os músculos que estão encurtados e fortes no lado da concavidade e os alongados e fracos (geralmente essa é a regra) no lado da convexidade, buscando alongar o lado curto ou côncavo, onde os músculos estão encurtados e fortalecer o lado largo ou convexo da escoliose onde os músculos estão alongados. Deve procurar equilibrar as tensões musculares de ambos os lados da escoliose, especialmente com o alongamento axial que ativa os músculos paravertebrais. Primeiro obter flexibilidade e propriocepção com o sentido corretor da escoliose, logo trabalhar o fortalecimento. Utilizar contrações lentas que se mantém, ou contrações isométricas assistidas com a respiração.
  • Trabalhar com a respiração para aumentar a capacidade respiratória, principalmente do lado encurtado buscando um efeito corretor da coluna e da caixa torácica. Buscar desrotacionar a coluna, flexibilizar músculos, fáscias e ligamentos por meio da respiração.
  • Se a escoliose é em forma de S, se trabalha com a curva principal ou a maior, logo a curva menor segue a maior.
  • Se além da escoliose há cifose, fortalecer o centro abdominal, espinhal e solo pélvico, irá corrigindo a cifose e trabalhar com movimentos necessários para a escoliose.
  • Se a escoliose está artrodesada, esse setor da coluna não tem mobilidade, ou tem mobilidade escassa, mas as zonas adjacentes superiores e inferiores são hiper móveis, podem apresentar dor, focar nessas zonas.
  • Assistir o aluno no alongamento do lado encurtado. Realizar inspirações sustentando e aumentando o comprimento desse lado encurtado, aplicar a técnica de streching resulta em muita efetividade.
  • Trabalhar com consciência corporal, imagem corporal e propriocepção, adotar e manter um alinhamento correto da postura não somente durante as aulas de Pilates, sendo que deve ser transmitido às atividades da vida diária melhorando sua funcionalidade.
  • Utilizar as partes de um exercício determinado de Pilates, que vai à direção correta do que se busca.
  • Trabalhar e considerar o aluno como um todo, programar e planificar o trabalho em forma integral, avaliar o aluno em diversas posições tanto estáticas como dinâmicas, em posições de decúbito, quadrupeda, rolados, sedestação, bipedestação, marcha, atividades cotidianas e laborais.
Bibliografia:
  • Cosentino R. Semiologia em Ortopedia e Traumatologia. Colunas em Geral Cap. 15 Escoliose.
  • Esteve de Miguel, R Esteve de Miguel. Escoliose cap. 10
  • Kendall s Músculos, Testes Funcionais, Postura e Dor.

Fonte:

 Sandra Battello

Sandra Battello
Maestra de 2° Generación de J Pilates, Master Teacher de Lolita San Miguel, Lolita´s Disciple. PMA- CPT. Stott Pilates Instructor Full Certificación. MK Pilates. Certified GYROTONIC Trainer. Cursando Lic. En Kinesiología Universidad Fasta.

EXERCÍCIOS PARA ALIVIAR A TENSÃO NA CERVICAL





      A dor cervical é uma das queixas mais comuns nos estúdios. A má postura no trabalho e o estresse do dia a dia fazem com que a cabeça fique mais pesada do que já é, sobrecarregando todos os músculos em volta da cervical e da cintura escapular.
      Como todo professor de Pilates já sabe, para melhorar essas dores devemos resgatar as curvaturas naturais da coluna e fortalecer os músculos profundos do pescoço, trapézios, romboides, transverso do abdômen… Mas muitas vezes o aluno chega tão tenso que não conseguimos fazer o trabalho adequado e até podemos piorar a dor dele.
      Hoje vamos mostrar alguns exercícios com a mini stability-ball que funcionam muito bem para aliviar essa tensão no início da aula e depois dar andamento nos exercícios de fortalecimento com os equipamentos ou outros acessórios.
Exercício 1
      Esvazie um pouco a mini stability-ball e coloque entre a caixa torácica e o braço. Respire profundamente, focando nela. Tenha mais atenção na inspiração e perceba como a capacidade respiratória vai aumentando a cada repetição. Depois continue respirando com o foco do olhar na direção do ombro oposto ao braço. Tire a bolinha e note a diferença entre os dois lados – o lado onde estava a bola provavelmente estará mais relaxado. Faça o mesmo do outro lado.
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Exercício 2
      Contra uma parede, posicione uma mini stability-ball na coluna torácica e outra na cabeça (de modo que mantenha as curvas naturais da coluna). Respire profundamente focando na expansão das costelas para trás na inspiração e pressione suavemente a cabeça contra a outra bolinha. Repita algumas vezes e depois faça movimentos de sim e não com a cabeça.
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Exercício 3
      Novamente contra a parede, posicione uma mini stability-ball na lombar e uma mais vazia na torácica (mantendo as curvas naturais da coluna). Respire profundamente focando na expansão das costelas para trás. Depois estenda os braços na linha dos ombros e faça movimentos recíprocos de protração e retração da escápula junto com o movimento da cabeça (que deve ser sempre olhando para o lado que está retraindo).
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Exercício 4
Sugestões de apoios para a cabeça que auxiliam o alívio do pescoço:
Decúbito dorsal – coloque uma mini stability-ball murcha na cabeça e outra na lombar, focando sempre em manter as curvas naturais. Muitas vezes, a sobrecarga no pescoço ocorre devido à falta de curva na região torácica.
Decúbito lateral – com uma mini stability-ball embaixo da orelha, promovendo o alinhamento do tronco e fortalecendo a musculatura profunda do pescoço.
Quatro apoios – coloque uma mini stability-ball bem murcha entre uma parede e a cabeça para sustentar a posição durante exercícios de prancha.
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Exercício 5
      Quando o aluno estiver muito tenso, nunca faça alongamento passivo tentando aproximar a cabeça do ombro puxando com a mão. Experimente movimentos ativos, pensando em afastar a mão do topo da cabeça. Colocar a mini stability-ball embaixo da mão é uma ótima maneira para ter essa sensação de crescimento.
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      Como vimos, a mini stability-ball é uma ferramenta muito boa para propiocepção e alivio das tensões.
      A respiração profunda focando na bolinha faz com que o aluno relaxe a musculatura acessória da respiração e tire a sensação de “peso no pescoço e nos ombros”, que muitas vezes tem fatores emocionais envolvidos.
      Nada como uma boa respiração profunda para tirarmos a atenção dos problemas e estarmos prontos para a aula de Pilates!
Experimente!

Fernanda Avancini
Educadora Física (O97351-G/SP), instrutora de Pilates, ZEN.GA e TOTAL BARRE (Certificação internacional STOTT PILATES)

ESTRELAS PILATEIRAS: QUAIS FAMOSAS ADERIRAM AO PILATES

estrelas pilateiras

      Que fazer Pilates faz muito bem para a saúde, todo mundo já sabe! É por isso que o método de Joseph tem ganhado cada vez mais visibilidade e muitas famosas estão se tornando adeptas da prática. Hoje, vamos conferir algumas pilateiras famosas. Vem com a gente!
Manu Gavassi
      A atriz, cantora e it girl Manu Gavassi sempre foi magrinha e até tentou fazer musculação, mas aprendeu a aceitar o seu corpo como é e agora aposta no Pilates para se manter em forma. Em seu Twitter, a musa teen sempre fala das aulas. Por que escolheu a modalidade? “Pilates é bom para a saúde e para a mente.”. Não tem como discordar, não é mesmo?
Letícia Borghetti Kuhn – Miss RS
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      Eleita recentemente a mulher mais bonita do Rio Grande do Sul, a Miss Letícia Borghetti pratica Pilates há dois anos em uma academia na cidade de Espumoso. A proprietária do estúdio, Pita Güths diz que está muito feliz com o resultado da parceria com Letícia. “É uma realização ver que o trabalho desenvolvido deu certo”, conta.
Sophia Abrahão
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      A atriz que vai estrear no quadro “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faustão, deixou seus seguidores do Instagram surpresos com a sua flexibilidade. Sophia Abrahão postou uma foto de um treino com bola e mostrou como consegue manter a sua boa forma. Sophia já declarou sua paixão por Pilates: “Além de fortalecer o core, deixa o abdômen incrível, e melhora a postura e a respiração. Vale a pena!”.
Thais Fersoza
thais fersoza
      A Melinda nasceu no começo do mês e quem acompanhou a gestação da mamãe Thais Fersoza viu como ela se preparou para esse grande momento: com Pilates! Thais sempre postava fotos nas suas aulas e dizia que estava cuidando das duas. Fez muito bem!
Lucilene Caetano
lucilene caetano
      Outra nova mamãe que também não deixou o Pilates durante a gravidez foi a apresentadora Lucilene Caetano. Ela já pratica o método há dois anos e não parou com nenhuma atividade enquanto esperava o Theo. Isso fez com que ela engordasse apenas sete quilos durante a gestação. Além do Pilates, ela também praticou acroyoga e hidroginástica, mas com o nascimento do bebê, Lucilene precisou diminuir o ritmo dos treinos, por conta da amamentação.
Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2924713190603013425#editor/target=post;postID=1449160587894547791

REABILITAÇÃO DE LER E DORT ATRAVÉS DO PILATES



Hoje vamos falar sobre o ombro, uma das articulações mais acometidas por LER e DORT.
Conceitos LER e DORT:
LER: Lesões por esforços repetitivos
DORT: Doenças Osteomusculares relacionadas ao trabalho
      Mas antes de falar sobre estas patologias, vamos rever a anatomia desta articulação.
Funcionalidade do ombro
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      A articulação do ombro é composta por componentes passivos: ossos, ligamentos, cápsula articular e líquido sinovial; e componentes ativos: músculos e tendões.
      Como podemos observar abaixo, os músculos de ação na articulação do ombro se inserem e originam na região cervical, escápula, costelas, coluna torácica, coluna lombar e pelve. Logo, a funcionalidade da articulação do ombro poderá sofrer influência destas demais articulações devido alterações musculoesqueléticas e posturais.
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      O ombro tem função primordial de mobilidade, assim é necessário manter uma boa amplitude de movimento na flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e externa que acontecem respectivamente nos planos sagital, frontal e transversal.
      Primeiramente para ter boa função nesta articulação é necessário que se tenha uma ativação eficaz da musculatura estabilizadora do centro de força (powerhouse) e a manutenção da postura.
      Por isso, para manter boa mobilidade é preciso que as demais articulações estejam cumprindo seu papel funcional, ou seja, que a cervical seja estável, a escápula mantenha seu ritmo escapular, a torácica apresente mobilidade e a região lombo pélvica, estabilidade.
      Assim, a musculatura que envolve estas articulações apresentará ativação eficaz do sistema musculoesquelético apresentando força concêntrica, isométrica e excêntrica, essenciais aos movimentos de atividades diárias e laborais.
LER e DORT na Articulação do Ombro
      LER e DORT acometem cada vez mais pessoas no mundo inteiro. Estas lesões podem ocorrer devido a fatores externos, como: falta de ergonomia nos ambientes de trabalho, uso excessivo de aparelhos eletrônicos, manuseio de máquinas de grande produção, e trabalhos manuais repetitivos; ou fatores internos: alterações posturais, alterações na biomecânica do movimento, déficit de força muscular, alongamento e flexibilidade.
Como o profissional do Movimento pode auxiliar?
      O primeiro passo para auxiliar no tratamento destas patologias é identificar o causador da lesão, desequilíbrios musculares presentes, postura inadequada, ergonomia do ambiente de trabalho, e assim orientar o indivíduo acerca de sua postura, auxiliar a realizar modificações ergonômicas durante o expediente, como usar seu corpo a seu favor otimizando movimentos e minimizando o estresse articular e muscular.
Como o Pilates pode auxiliar?
      O Pilates pode ser um grande aliado na reabilitação, já que entre outros benefícios promove consciência corporal, melhora da postura, força, resistência muscular, flexibilidade, mobilidade, melhora a congruência articular, a circulação e o trabalho da fáscia muscular, além de prevenir demais patologias.
Alterações musculares e miofásciais presentes
      Além de todas as alterações presentes já citadas acima, ainda podemos destacar a presença de trigger points na região de trapézio, deltoide, tríceps e bíceps acentuando a dor ombro.
      Nestes casos, os músculos podem estar fracos e tensos, ou até mesmo fortes e tensos. Desta forma, o músculo acometido por trigger point irá realizar uma ativação ineficaz, comprometendo toda a biomecânica do movimento.
      O trabalho de consciência corporal, fortalecimento e alongamento promovidos pelo Pilates será muito eficaz nestes casos, no entanto é preciso desativar estes trigger points e isto só será possível através de técnicas de massagem, terapia manual e liberação miofáscial. Porém, é preciso cuido, pois muitas vezes o trigger point pode estar estabilizando a articulação onde o músculo encontra-se fraco. O que se pode fazer é que as técnicas para desativar o trigger point sejam realizadas ao final do atendimento.
Sugestão de Exercícios para tratamento de LER e DORT e Restauração da Funcionalidade desta articulação:
      A seguir, vamos observar alguns exercícios que podem ser incluídos no protocolo de reabilitação nas lesões do ombro, pensando no trabalho em todos os planos de movimento.
      Lembrando que, antes dos exercícios locais na articulação, é necessário que se trabalhe previamente a força e a estabilidade do tronco através da ativação do “powerhouse” ou “core”.
Exercício de Mobilidade no Plano Sagital
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Exercício: Spine Stretch
Objetivo: Mobilidade de ombro, coluna e quadril no plano sagital
Exercício de Mobilidade no Plano Frontal
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Exercício: Mermaid
Objetivo: Mobilidade de ombro, coluna e quadril no plano frontal.
Exercício de Mobilidade no Plano Transversal
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Exercício: Hamstring Stretch
Objetivo: Mobilidade de ombro e coluna no plano transversal e flexibilidade de membros inferiores no plano sagital.
Exercício de Fortalecimento no Plano Sagital
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Exercício: Arms: up and down
Objetivo: Estabilidade da cintura escapular, fortalecimento dos extensores do ombro, core (através da estabilidade da coluna) e MsIs.

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Exercício: Front Split (Variação)
Objetivo: Fortalecimento de flexores do ombro e estabilidade da cintura escapular.
Exercício de Fortalecimento no Plano Frontal
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Exercício: Arms: up and down
Objetivo: Estabilidade da cintura escapular, fortalecimento de adutores do ombro, core e membros inferiores.
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Exercício: Side Splits (variação)
Objetivo: Fortalecimento de abdutores do ombro e membros inferiores, estabilidade da cintura escapular e coluna vertebral.
Exercício de Fortalecimento no Plano Transversal
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Exercício: Bridge (Variação)
Objetivo: Fortalecimento do core, membros inferiores e rotadores do ombro.
Exercício para Estabilidade do Ombro no Plano Sagital
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Exercício: Prancha Ventral no Reformer
Objetivo: Estabilidade da cintura escapular, ombro, coluna vertebral e membros inferiores.
Exercício para Estabilidade do Ombro no Plano Frontal
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Exercício: Prancha Lateral
Objetivo: Estabilidade de ombro, cintura escapular, coluna vertebral e membros inferiores.
Considerações Finais
      Como pode-se observar, em todos os exercícios há envolvimento de outras articulações além do ombro, pois como foi falado anteriormente, os músculos com ação na articulação do ombro se originam ou inserem-se em outras articulações, logo, trabalhar com elas de forma integrada, favorece a consciência corporal e melhora a biomecânica do movimento.
      Sugere-se ainda o trabalho específico da atividade laboral realizada pelo paciente, corrigindo posturas erradas, realizando movimentos com precisão e controle.
Então, gostou das dicas?
Andréia Souza
CREFITO 194412F
Fisioterapeuta, Instrutora de Pilates e Treinamento Funcional no Studio Stylo Beach Pilates em Florianópolis.