sexta-feira, 10 de abril de 2015

QUEM TEM PRESSÃO ALTA PODE FAZER PILATES?

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      As estatísticas apontam que um a cada cinco brasileiros são portadores de hipertensão arterial e, para este público, optar por uma atividade física de baixo impacto pode ser um bom caminho para manter a mente e o corpo em equilíbrio. O principal objetivo alcançado pelo hipertenso com a prática regular de Pilates é a união de uma atividade física que traz força, disposição e relaxamento ao mesmo tempo.
      O praticante pode conquistar melhores níveis de consciência corporal e provavelmente, maior controle e eficiência sobre todo o trabalho respiratório, que contribui para que a pessoa mantenha-se mais calma e equilibrada.
      Durante a atividade física ocorrem algumas mudanças na circulação para promover um maior aporte de oxigênio aos tecidos que estão em movimento e este aporte se produz graças ao esforço do coração que, durante o exercício, pode chegar a quintuplicar em comparação a uma situação de repouso.
      As necessidades metabólicas que surgem durante a atividade física são compensadas mediante adaptações do sistema circulatório central e periférico, como o aumento da pressão arterial máxima, da frequência cardíaca,  a vasodilatação periférica e a diminuição da pressão arterial mínima. O organismo contrai as arteiras das regiões onde não se necessita um ato de aporte de oxigênio, por exemplo, nas vísceras. E dilata ao máximo as zonas de esforço, dos músculos das pernas e braços, que requerem o máximo de aprovisionamento de oxigênio.
Por isso é fundamental que o instrutor tenha noção e tome muito cuidado com a escolha e a intensidade de movimentos para cada cliente.
      Vale lembrar que as atividades físicas também ajudam no aumento do colesterol bom (HDL), na liberação de hormônios vasodilatadores (entre eles o óxido nítrico e a prostaglandina) que fazem com que haja um aumento no diâmetro dos vasos sanguíneos.
      Mas sugiro alguns cuidados aos hipertensos durante a prática:
  • Evitar que a cabeça fique abaixo da linha do diafragma respiratório;
  • Não permanecer de forma prolongada com os braços acim da cabeça;
  • Também evitar que as pernas fiquem elevadas de forma estática por um período longo;
  • Muito cuidado com mudanças rápidas de posições. Permita que o corpo faça os ajustes e adaptações de forma calm;
  • Atenção a hiperventilações, expirações rápidas e forçadas e suspensão de respiração. Embora nenhuma delas sejam padrões do Pilates, alguns clientes podem modificar o ritmo respiratório para conseguir realizar um exercício;
  • Evite tombar a cabeça para trás, sem apoio e sem controle;
  • Exclua as posturas invertidas (de cabeça para baixo) do repertório;
  • Fique atento a sintomas como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoo, falta de ar ou sangramento nasal, parando a prática ao sentir qualquer um destes relatos;
  • Nem todos os espaços de Pilates contam com uma estrutura para que o cliente possa aferir a pressão antes e depois da aula. Se existir esta possibilidade, aproveite para monitorar de forma mais segura a prática;
  • Se você for instrutor, relembre seu cliente da importância do acompanhamento médico e dos exames periódicos.
      Boa prática. Pilates pode ser um caminho para a conquista da saúde. Até a próxima!
Ge GurakEducadora Física, especialista em programas de saúdeCoordenadora da TcPilates – Centro de Treinamentowww.tcpilates.com.br

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