terça-feira, 24 de setembro de 2013

Flexibilidade sem dor: treinamento de força consciente garante autonomia física e bem-estar



      Exercícios estruturados ajudam na correção da má postura e na superação de lesões musculares. 

      O exercício muscular é uma das atividades mais requisitadas nas academias brasileiras, seja para aumentar a massa corpórea, fortalecer ou ainda evitar e tratar lesões. Assim, é possível recuperar a postura ideal, tratar lesões musculares e prevenir por meio de um treinamento específico. É o que chamamos de Treinamento de Força Consciente.

De onde vem a força consciente? 

      Fundamentado em diferentes metodologias (sensório-motor, funcional, força, levantamento olímpico e flexibilidade), a força consciente é baseada na avaliação constante e autocorreção de padrões articulares inadequados, sem exceder os níveis de segurança de tensão muscular. Consequentemente, o corpo encontra a chamada postura neutra, que é a posição de melhor acomodação de sobrecarga pelo sistema esquelético. 

Treinamento de força consciente: prevenção e dores crônicas

      De acordo com o profissional de educação física Wagner Favale, a partir de um prévio diagnóstico é possível trabalhar tanto na prevenção, quanto na melhoraria de dores crônicas: “Se a avaliação não é correta, a prescrição de exercícios será errada. O treinamento tem que evoluir trabalhando a musculatura estabilizadora e mobilizadora de forma conjunta, mas para isso é fundamental o conhecimento de como e quando fazer a junção dessas musculaturas. É o que chamo de transição correta na evolução de treinamento.”

Trigger Points

      Nos treinamentos comuns, estes diagnósticos não acontecem de maneira precisa. As avaliações são superficiais e podem, inclusive, prejudicar o treinando. O especialista argumenta: “No treinamento clássico falta conhecimento sobre as lesões osteomioaticulares. Muitas vezes, as pessoas estão sem dor, mas a musculatura tem sinais de tensões normalmente não identificadas. Sendo assim, o treinamento convencional poderá ser responsável pela ativação dos trigger points, acarretando dores articulares ou musculares. A prática convencional normalmente busca a musculatura mobilizadora e não dá a importância devida para a musculatura estabilizadora.” Os Trigger Points, ou pontos de gatilho, são nódulos sensíveis que, na maioria dos casos produzem dores e sensibilidade muscular. O excesso de força ou pressão inadequada nos músculos podem acarretá-los. 

      Segundo Favale, a principal contribuição da força consciente para a prática convencional é a amplitude gerada pela visão profissional especializada, que leva em conta diversos fatores primordiais para a saúde e a estabilidade corporal. Isto é, há a redução de fatores de risco para a população. Além disso, durante treinamentos mais intensos ou pesados, o número de lesionados também diminuiu: “Quanto mais próximo o nosso corpo está de uma postura Ideal, que equilibra a musculatura agonista e antagonista, menor a probabilidade de lesões”, completa.

Fonte: TAO Pilates - 17/09/2013

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