quarta-feira, 30 de abril de 2014

Alimentação apropriada pode acelerar recuperação após exercícios físicos

pós treino

      Durante anos, atletas têm sido advertidos de que carboidratos e aminoácidos podem aumentar seu desempenho. Hoje, parece que o momento da alimentação correta, além da reposição dos fluidos, pode ser crucial para a recuperação após os exercícios. 

      Com base em uma série de experimentos utilizando camundongos, cientistas da Universidade de Illinois afirmam que a recuperação mais rápida ocorre quando alimentos que contêm um tipo de aminoácido, denominado leucina, são ingeridos imediatamente após o exercício intenso. A leucina é encontrada em produtos protéicos tais como carne e laticínios, bem como em barras de proteína e algumas bebidas esportivas

      O uso de suplementos puros de aminoácidos não é recomendado, pois a dosagem ótima ainda não é conhecida.

"A leucina parece possuir um impacto aparentemente singular e específico sobre os músculos esqueléticos, estimulando a síntese protéica nos músculos, fornecendo combustível para os mesmos, auxiliando na manutenção da glicose no sangue.

      Curiosamente, sua atividade não é observada quando o consumo da proteína ou da leucina ocorre antes ou durante o exercício. Ao invés, apresenta um impacto dramático na síntese protéica durante o período de recuperação após o exercício", explica Donald K. Layman, professor de nutrição. (Estudo publicado na edição de julho de 1999 do Journal of Nutrition).
      Nos testes, camundongos foram distribuídos em cinco grupos, com base nos níveis de atividade e sedentarismo e em combinações de alimentos (leucina, carboidratos ou ambos). Os pesquisadores então estudaram a recuperação muscular após corridas em uma roda giratória. Aqueles alimentados com leucina e carboidratos (combinação de água e açúcar) imediatamente após a corrida apresentaram recuperação mais rápida da síntese protéica muscular.

      Com base na pesquisa, sugere-se para os atletas: consumo diário de proteína (1,4 a 2 gramas por quilograma do peso corpóreo) para obtenção do nível necessário de leucina que auxilie o desenvolvimento muscular; consumir, logo após o exercício, alimentos ricos em proteínas, com baixos níveis de gordura, incluindo fluidos ricos em carboidratos e obedecer uma dieta balanceada, que contenha carboidratos, gordura e proteína, com a última sendo responsável por 30% das calorias, em cada refeição, incluindo-se os lanches. 

Matéria publicada pelo site Emedix

Osteoartrose no joelho

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      A Osteoartrose é uma das formas mais comuns de artrite nos consultórios médicos. Pode ser de origem primária ou secundária, tendo apresentação ou acometimento de uma ou mais articulações. 

      A dor é a queixa principal dos pacientes, muitas vezes acompanhada de deformidade angular do membro acometido e limitação funcional. A dor pode ser originada de diversos sítios anatômicos, incluindo a membrana sinovial, a cápsula articular, os músculos e ligamentos periarticulares, o periósteo e o osso subcondral. Apesar da osteoartrose ser reconhecida como uma causa não inflamatória de artrite, mecanismos inflamatórios de dor podem estar presentes nesta condição. O manejo da osteoartrose, portanto, envolve uma variedade de opções. Pacientes podem se beneficiar de uma combinação de diferentes formas de tratamento, como o conservador, medicamentoso e não-medicamentoso, ou cirúrgico.

Tratamento sem medicamento

      Diversas modalidades de tratamento não medicamentoso podem ser utilizadas, incluindo manipulação osteopática, fisioterapia, exercícios, uso de órteses, bengalas ou muletas. O fortalecimento muscular provê estabilidade articular e pode diminuir a dor, sendo um importante aliado no tratamento conservador. Para pacientes com deformidade em varo, uso de joelheiras ou órteses com apoio em valgo podem auxiliar na redistribuição de forças no joelho. A perda de peso também está relacionada como um importante papel na diminuição da dor, seja pela diminuição da carga na articulação, bem como na diminuição de substâncias sintetizadas pelos adipócitos que aumentam a degradação da cartilagem. Um estudo recente de 316 pacientes onde a combinação de exercícios com perda de peso (perda média de 4,6 kg) em pacientes obesos com osteoartrose, demonstrou melhora significativa na função física e redução maior da dor, quando comparada a perda de peso isolada.

Tratamento Farmacológico Tópico

      AINEs tópicos – a administração de cremes com AINEs no tratamento de pacientes com osteoartrose é comum. Um estudo duplo-cego prospectivo utilizando creme com ibuprofeno a 5% em 25 pacientes com osteoartrose do joelho mostrou alívio da dor após 7 dias, comparado com pacientes que receberam placebo. No final do período de tratamento, 84% responderam favoravelmente à terapia, onde somente 40% daqueles em uso do placebo melhoraram.

      Pacientes (N = 258) com osteoartrose do joelho em uma análise de dois estudos clínicos randomizados e duplo-cegos receberam duas aplicações diárias de diclofenaco tópico ou placebo. A intensidade da dor diminuiu em média 59% no grupo com diclofenaco e 29% no grupo com placebo. Ressaltam os autores porém, que o uso prolongado de diclofenaco pode levar a irritação cutânea e distúrbios gastro-intestinais.

Tratamento Intra-Articular

      Corticóide intra-articular – têm sido usado por décadas como terapia adjuvante, especialmente nos casos em que inflamação local está presente e acompanhada de derrame articular. Porém, o alívio da dor com o uso de corticóide intra-articular tem duração reduzida.

      Ácido hyalurônico intra-articular – aprovado pelo FDA desde 1997 para o alívio da dor da na osteoartrose. São grandes moléculas de glicosaminoglicanos que permitem que o líquido sinovial de articulações normais se comporte de maneira diferente de acordo com a carga a que são submetidos (com baixo estresse articular, os hyaluronatos são altamente viscosos, mas quando o estresse aumenta, tornam-se mais elásticos e absorvem energia com maior eficiência). Essa função flexível é benéfica à articulação com osteoartrose.

      Quando os hyaluronatos são utilizados na prática clínica, a melhora dos sintomas ocorre entre 3 a 6 meses após administração11,12. Em um estudo com 108 pacientes com osteoartrose tratados com hyaluronato intra-articular, a melhora da dor foi evidenciada em 59 (55%) pacientes por um ano após um único ciclo de tratamento. Um segundo ciclo de tratamento foi útil, porém não associado ao aumento de eventos adversos. A seleção dos pacientes é difícil, mas esta modalidade terapêutica pode ser mais útil em estágios precoces da doença, quando as alterações radiográficas não são importantes. Stitik e colaboradores estudaram 60 pacientes que receberam hyaluronato por 5 semanas, 3 semanas e 3 semanas com programas domiciliares de exercícios. 

      O grupo com 3 semanas mais exercícios físicos obteve os melhores resultados e início mais rápido do alívio dos sintomas. Efeitos adversos dos hyaluronatos intra-articulares estão relacionados ao sítio da injeção e reações pseudosépticas, como efusão, eritema e dor. Reações pseudosépticas são mais associadas quando os hyaluronatos são injetados dentro das bursas e tecido celular subcutâneo ao invés da região intra-articular. O tratamento dos pacientes com estas reações pode requerer o uso de sintomáticos orais, porém os sintomas costumam regredir em poucos dias.

Analgesia Oral 

      Estudos têm demonstrado a utilidade desta modalidade terapêutica para alívio da dor em pacientes com osteoartrose, porém os efeitos adversos gastrointestinais, renais e cardíacos constituem limitação para seu uso prolongado.

      Sulfato de Glicosamina/Condroitina – a Glicosamina obtida a partir do exosqueleto do camarão é onipresente nas células animais e é um componente de muitas macromoléculas, como o ácido hyalurônico (uma importante substância na formação do colágeno).

      O uso do sulfato de glicosamina é controverso, sendo considerado um complemento alimentar nos EUA, mas uma droga de prescrição na Europa. Herrero-Beaumont e colaboradores conduziram um estudo clínico envolvendo 318 pacientes que receberam tratamento por um período de 6 meses com glicosamina (1500 mg/dia), acetaminofeno (3 g/dia) ou placebo. Melhora substancial nos sintomas da OA do joelho foi observada nos pacientes que receberam glicosamina em comparação aos que receberam placebo.

      O uso de Acetaminofeno também demonstrou uma melhora maior em relação ao placebo, contudo não foi estatisticamente significante. Em pacientes com dor moderada ou intensa, o sulfato de glicosamina tem se mostrado superior no alívio da dor, comparado ao hidrocloro de glicosamina, e por sua vez, o sulfato de condroitina pode produzir um efeito aditivo benéfico na terapêutica.

Tratamento Cirúrgico 

      As opções de tratamento cirúrgico da osteoartrite do joelho incluem a artroscopia do joelho, as osteotomias, a artroplastia unicompartimental e a artroplastia total. A artroplastia total do joelho é um dos métodos de tratamento da osteoartrose mais estudados devido ao grande número de procedimentos realizados anualmente. Estima-se que sejam realizadas mais de 300.000 artroplastias por ano nos Estados Unidos da América. Diversos estudos comprovam a eficácia e a sobrevida a longo prazo deste procedimento, especialmente após os 60 anos, no entanto, existem relatos de menor durabilidade em indivíduos mais jovens (55 anos). Devido a este fato, freqüentemente tratamentos cirúrgicos alternativos são indicados neste grupo etário mais jovem. 

      A escolha adequada do procedimento a ser realizado depende, dentre outros fatores, da idade do paciente, do seu nível de atividade, da gravidade da doença e do número de compartimentos do joelho afetados.

Artroscopia 

      O tratamento artroscópico da osteoartrose é feito através do desbridamento articular, com remoção de corpos livres e fragmentos osteocondrais, meniscectomia parcial, sinovectomia limitada e ressecção de osteófitos. Trata-se de procedimento paliativo, não sendo capaz de alterar a progressão da doença. Os melhores resultados são em indivíduos com osteoartrose em estágio inicial, e que não apresentem desvio de eixo.

Osteotomia 

      A osteotomia deve ser considerada em indivíduos fisiologicamente jovens com osteoartrose unicompartimental associada a deformidade em varo ou valgo que desejam manter um estilo de vida mais ativo e atividade laborais, esportivas e recreativas de grande impacto, que reduziriam a sobrevida de uma artroplastia.

      A fundamentação biomecânica da osteotomia em indivíduos com osteoartrose unicompartimental é redistribuir a concentração de esforço na articulação e diminuir a carga sobre o compartimento articular comprometido. Revisão recente da Cochrane a respeito da osteotomia tibial alta em pacientes com deformidade em valgo e osteoartrose unicompartimental concluiu que o procedimento melhora a função e diminui a dor no joelho.

      A manutenção do alívio dos sintomas ocorre em cerca de 80% dos pacientes em 5 anos e em aproximadamente 50 a 60% em 10 anos permitindo o adiamento da cirurgia de substituição articular em pelo menos 7 a 10 anos em indivíduos bem selecionados. Nos pacientes com osteoartrose do compartimento lateral do joelho e deformidade em valgo, a osteotomia geralmente é realizada na extremidade distal do fêmur e sua taxa de sucesso é similar à osteotomia tibial proximal.

Artroplastia Unicompartimental

      As vantagens da artroplastia unicompartimental incluem a preservação da cinemática normal do joelho, menor morbidade perioperatória e perda sanguínea, além de reabilitação e recuperação mais rápida do paciente.

      As indicações clássicas do procedimento incluem: osteoartrose unicompartimental medial ou lateral, baixa demanda física, dor mínima no repouso, arco de movimento de pelo menos 90° com menos de 5° de contratura em flexão e deformidade angular menor que 15° que corrige-se de forma passiva até neutro. 

      A seleção adequada dos pacientes associada à técnica cirúrgica meticulosa são importantes na otimização dos resultados. Séries de casos recentemente publicadas relatam resultados bons ou excelentes em aproximadamente 90% dos pacientes em um seguimento mínimo de 10 anos.

Artroplastia total do joelho

      A principal indicação da artroplastia total do joelho é a dor de forte intensidade em repouso, que interfere com as atividades da vida diária, decorrente da osteoartrose grave e refratária ao tratamento conservador bem executado.

      Os pacientes selecionados para este procedimento geralmente são idosos, em que os critérios para indicação de uma osteotomia ou prótese unicompartimental não se encaixam. Quando adequadamente indicada e realizada, a artroplastia total do joelho apresenta uma sobrevida de cerca de 95% em 10 anos.

      Os excelentes resultados proporcionados pela artroplastia total do joelho fazem com que este procedimento demonstre ótima relação custo-efetividade e seja importante no arsenal terapêutico cirúrgico da osteoartrose do joelho.


Matéria publicada pelo site Marcello Zaia

Recuperação psicofísica após grave lesão

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      O acidente do piloto brasileiro de Fórmula 1 Felipe Massa, da escuderia Ferrari no Grande Prêmio da Hungria(2009), em Budapeste, trouxe à tona um dos temas mais difíceis da vida esportiva de um atleta: a recuperação psicofísica após uma grave lesão.


      Atletas de esportes de risco, como esquiadores, surfistas, escaladores, pilotos de motociclismo e automobilismo, entre outros, estão no topo da lista daqueles atletas mais suscestíveis à graves lesões oriundas de acidentes.

      Muito se diz sobre a importância de uma boa recuperação para que o atleta volte a competir no mesmo nível de atuação antes da lesão e é sabido que em muitos casos, há uma grande dificuldade por parte do atleta em atuar novamente com o mesmo padrão de desempenho.

      O papel dos profissionais que atuam com atletas é de fundamental importância para que a recuperação aconteça com sucesso tanto na parte física como psicológica. 

      Ao acompanhar os trabalhos dos colegas norte-americanos psicólogos do esporte, Robert Weinberg e Daniel Gould, pode-se sugerir as seguintes diretrizes para uma boa administração dos profissionais do esporte para a recuperação de atletas lesionados:

1) Desenvolva uma relação de harmonia com o atleta 

      O atleta lesionado frequentemente enfrenta uma forte confusão de emoções como, descrença, frustração, confusão e vulnerabilidade, em consequência há uma provável dificuldade de relação harmoniosa, portanto é preciso ser solícito, empático e oferecer todo o apoio ao atleta. E claro, ser otimista e positivo.

2) Aprendizagem sobre a lesão e o processo de recuperação 

      É fundamental explicar ao atleta, de uma maneira simples e didática, como de fato aconteceu o acidente e como surgiram suas lesões e como o organismo se adapta para resistir as demandas da retomada da homeostasia (harmonia interna do organismo). Além disso, explicar ao atleta como será o processo de recuperação, a previsão da evolução gradativa da reabilitação e a importância de sua dedicação ao tratamento.

3)Aprendizagem de habilidades psicológicas específicas de enfrentamento 

      Quando o atleta aprende a treinar habilidades psicológicas como, estabelecimento de metas, diálogo interior positivo, mentalização e relaxamento ele dá um grande passo para sua reabilitação.

      Estabelecimento de metas, neste caso, pode ser considerado como estabelecer um tempo determinado para melhora e retomar algumas atividades, determinar número de horas para o tratamento e segui-las rigorosamente e decidir (sempre sob orientação) o número de exercícios de movimento, força e resistência a ser feito durante as sessões de reabilitação.

4) Diálogo interior e positivo 

      O diálogo interior positivo auxilia na recuperação da autoconfiança e na motivação para a recuperação. É um diálogo realista, porém com otimismo e confiança, por exemplo: “Estou fraco e com medo, mas sei que isso é passageiro e vou continuar firme em meu tratamento, pois sou forte e superarei os obstáculos.”

5) Mentalização

      A mentalização é utilizada para acelerar o retorno do atleta nas atividades esportivas. O atleta pode mentalizar, por exemplo, como seus músculos estão recuperando e ficando mais fortes. Mentalizar atuações futuras com desenvolvimento pleno de suas habilidades e também mentalizar a reação positiva de seu órgão lesionado em relação aos exercícios de recuperação.

      O relaxamento feito de maneira regular auxilia na diminuição das dores e na regulação do estresse negativo que acompanha as graves lesões, seguidas dos possíveis traumas psicológicos, além do estresse causado pelo próprio processo de reabilitação. Ademais, o atleta ao empregar técnicas de relaxamento, auxilia a regulação do sono e da ansiedade.

      A recuperação psicofísica de atletas gravemente lesionados é um processo que exige muita dedicação dos mesmos e da equipe de profissionais atuante.


Matéria publicada pelo site UOL

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Metatarsalgia causa dor e faz volume no antepé. Saiba como tratar a lesão

metatarsalgia

      Sensação parecida com aquela de ter uma bola ou meia dobrada no pé pode piorar com o uso de calçados inadequados ou treinos em superfícies rígidas.


      O nome é estranho, mas metatarsalgia significa literalmente "dor no metatarso". Se você tem essa condição, pode sentir como se houvesse uma bola ou meia dobrada no seu antepé, incomodando e fazendo volume ao andar.

      Isso é diferente do Neuroma de Morton, no qual a dor é entre os ossos metatarsos, e diferente de uma fratura por estresse, quando a dor geralmente é ligeiramente atrás da cabeça desses metatarsos. Mas o que chamamos de metatarsalgia é qualquer dor que ocorre na região dos metatarsos e de uma forma genérica inclui esses diagnósticos diferenciais, assim como as dores no hálux como o joanete, artrose e sesamoidite, todos já discutidos.

      Há vários nervos nessa região do pé, por isso ela se torna dolorosa e pode realmente machucar com o uso inadequado de calçados e treinos em superfícies muito rígidas como no asfalto.
A dor é de irritação geral das articulações e tendões perto do coxim anterior do antepé, onde quem usa salto ou corre no antepé geralmente faz calos. Habitualmente o atleta pode continuar treinando, mas diminui a quilometragem ou termina mancando devido a inflamação .

Tratamentos:

1- Uma pequena almofada metatarsal arredondada pode ser colocada atrás da área dolorida para amortecer a pressão. A almofada suporta o arco transverso e a redução do coxim gorduroso plantar. O que acontece com muitas pessoas que sobrecarregam essa região.

2- Palmilhas sob medida podem acomodar o pé como um todo e reduzir a tensão sobre os metatarsos. Geralmente é utilizado um piloto antes da região dolorida.

3- Fisioterapia motora e gentilmente esticar cada dedo do pé para cima e para baixo pode realmente ajudar. Flexionar e estender cada dedo do pé com a mão segurando a região por 5 segundos. Repetir cinco vezes ajuda a alongar e mobilizar a articulação.

4- Alongar os músculos da panturrilha irá diminuir a pressão na parte da frente de seu pé durante a caminhada e corrida. Você precisa alongar todos os grupos musculares para obter melhores resultados. Realizar menos duas vezes por dia com os joelhos fletidos e esticados.

5- Fortalecimento e treino de equilíbrio são muitas vezes a parte negligenciada do tratamento de metatarsalgia em corredores. Fortalecendo os músculos do pé e da panturrilha, você restaura no corpo a habilidade natural de manter o seu arco e reduz a pressão sobre o seu pé durante a corrida.

6- Treinamento do equilíbrio é a aplicação funcional do treinamento de força. Finalizando com a correção da sua pisada, o que chamamos de gesto esportivo correto. Veja com seu treinador as series indicadas para você.

7- Massageie os músculos profundos dos seus pés e perna, inclusive seus ossos metatarsais. Uma garrafa gelada ajuda fazendo movimentos de ir e vir com os pés.

8- Finalmente andar descalço na areia ou na grama de um a três minutos uma vez por dia também ajuda a trabalhar os músculos profundos e tendões do pé.

      Se a dor persistir, procure seu médico para fazer exames complementares e eventualmente iniciar o uso de medicamentos. 


Matéria publicada pelo site Globo.com

Usadas no dia a dia, articulações dos joelhos merecem atenção especial

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      Levantar, sentar, agachar, subir e descer exigem tanto de pessoas ativas quanto das sedentárias. Ao começar a correr, deve-se considerar o esforço. 

      A articulação do joelho é usada em todos os movimentos do dia a dia, levantar, sentar, caminhar, subir e descer escadas, agachar, etc. O uso diário é intenso para as pessoas ativas e para as sedentárias também, pois o joelho é necessário para qualquer movimento.

É muito importante termos a musculatura dos membros inferiores forte, flexível e funcional. Detalhes importantes que devemos levar em conta quando começamos a correr e quando decidimos a participar de uma corrida mais longa.

      Um homem de 61 anos cuja atividade física diária é caminhar decidiu para de fumar. A família o incentivou a abandonar o cigarro após ter tido complicação séria nos pulmões. Como prêmio, todos participariam de uma corrida de 16km, de Paris a Versailles.

      Ao largar a nicotina, ele ganhou alguns quilos a mais, ficando com sobrepeso. Começou o treino de corrida muito empolgado, mas logo vieram as dores. Foi ao médico e descobriu um edema subcontral do platô tibial. O platô tibial recebe toda a carga do nosso corpo, todo o impacto, juntamente com o resto do joelho.

      Esta pessoa já apresentava uma artrose no joelho chamada gonaítrose, lesão do menisco interno e comprometimento da patela. Mas estas lesões estavam quietas com as atividades diárias e as caminhadas. Quando vieram os 20kgs a mais, somados ao treino de corrida, o joelho sentiu e surgiu o edema.

      A famosa “água no joelho” é a defesa do organismo para proteger a articulação, pedindo socorro. A lesão só não foi pior porque este futuro atleta de corrida possuía uma musculatura muito forte, mas faltaram adequação e variedade de estímulos.

      Bato sempre na mesma tecla, não se deve correr todos os dias, principalmente os iniciantes.

      O medico recomendou a fisioterapia aquática e dieta. O tratamento consiste no primeiro mês, trabalhar em deep water, sem impacto, com bastante mobilidade das articulações do quadril, joelho e tornozelo. O trabalho a principio é sem carga, só com a resistência da água. A pressão hidrostática que funciona com uma meia elástica - maior pressão no fundo e vai diminuindo na direção da superfície - ajuda a diminuir o edema ósseo, e o empuxo aumenta o espaço entre as estruturas do joelho. O fisioterapeuta mobiliza a patela e faz o alongamento passivo. A água aquecida minimiza a dor e melhora a mobilidade das articulações.

      A progressão do tratamento seria aumentar para três vezes a fisioterapia aquática e acrescentar a natação sem a utilização de pés de pato. Quando a dor e o edema zerarem, a musculatura estando forte, inicia-se o trabalho de propriocepção visando o equilíbrio, com objetivo de evitar torções no joelho e no tornozelo.

      O paciente pode começar a pedalar e continuar com a fisioterapia aquática e a natação. O objetivo agora é fazer o percurso de bicicleta e não correndo. Este paciente tem como meta de vida, visando proteger o avanço da artrose, caminhar, pedalar e nadar, não mais correr, e perder peso.

      A motivação de participar em competições diferentes é muito grande, mas nem sempre o corpo não acompanha a cabeça. Devemos respeitar os nossos limites. Às vezes, temos que sofrer um pouco para entender as nossas limitações.

      Vamos ficar atentos aos sintomas, às dores e ir em direção à cura o mais rápido possível, evitando maiores danos.

Por Sandra Wegner

Matéria publicada no site Eu Atleta

Pilates fortalece musculatura da região lombar, prevenindo e tratando a lombalgia

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Dor lombar afeta de 70 a 80% da população mundial ao menos uma vez na vida. 

      O sedentarismo, os desequilíbrios musculares e os vícios de postura fazem com que o corpo reaja de uma forma bastante desagradável, surgindo a temida dor nas costas. Chamada de lombalgia ou dor lombar, a reação dolorosa nesta região do corpo é mais um sintoma do que uma doença e pode aparecer por conta de processos degenerativos, traumáticos, inflamatórios e infecciosos.

Dor lombar é muito comum

"A dor lombar é uma queixa muito presente nos dias de hoje. Estima-se que entre 70 e 80% da população mundial a desenvolve em alguma etapa da vida, mas a maioria dos episódios não são incapacitantes", explica Jefferson Diniz, profissional de educação física e proprietário do Studio Pro Wellness - Pilates ePersonal (www.studioprowellness.com.br), da capital paulista. 

      Para quem sofre do problema, que ocorre na parte inferior da coluna, o desconforto é tanto que a lombalgia já constitui uma das principais causas do afastamento laboral, ultrapassando doenças como o câncer, o AVC e a Aids como causa de incapacidade em indivíduos na faixa etária produtiva. Mas quem busca o alívio e a prevenção, encontra no Pilates a resposta para este mal.

Pilates: aliado potente

      Diniz explica que o Pilates possui técnicas apropriadas para ajudar a trazer alívio das dores por meio de um fortalecimento eficaz da musculatura profunda e certeira na reeducação postural. "Esses músculos, quando saudáveis, mantêm a coluna posicionada no seu lugar, sem desvios, evitando sobrecargas excessivas sobre a coluna".

Três entre quatro adultos terão dores nas costas

      A modalidade também trabalha com os músculos paravertebrais, ajudando a manter a coluna ereta. "Cerca de três a quatro adultos vão ter dor nas costas durante a vida e esses números podem subir devido ao aumento do número de idosos. Independente da causa, a dor lombar está normalmente associada à incapacidade de estabilizar a coluna lombar por falta de controle dos músculos profundos do tronco, em especial o multífido e o transverso do abdômen", conta.

      A musculatura estabilizadora da coluna lombar se fortalece com a prática do Pilates, que fazem parte do centro de força da modalidade (Powerhouse), constantemente trabalhados. "Estudos recentes comprovam a eficácia da estabilização segmentar lombar como tratamento para a lombalgia, sendo menos lesiva por ser realizada em posição neutra. Pesquisas sugerem que, sem a ativação correta dos estabilizadores profundos do tronco, as recidivas do quadro álgico são notadas com muita frequência."

Ferramentas de trabalho contra a lombalgia

      Alongamentos, exercícios de mobilização e estabilização da coluna estão entre as possibilidades de uso na guerra contra a lombalgia. A eficácia, segundo Diniz, é variável, pois depende de fatores como o tipo e o grau da disfunção. "Para desequilíbrio muscular, por exemplo, há melhoras em oito sessões", explica. 

Fisioterapia ou exercício? 

      Essa resposta, segundo o profissional de educação física, depende da fase da dor lombar: para a época aguda, o tratamento deve ser fisioterápico. Na fase seguinte, de condicionamento postural, aí é exercício. Para trabalhar adequadamente com o Pilates em pacientes com lombalgia, o profissional de educação física tem de ter uma especialização na modalidade, já que a patologia é abordada em alguns cursos. O trabalho conjunto com fisioterapeutas também é bem-vindo para uma melhor abordagem do paciente que precisa de reabilitação e condicionamento. 

"É muito importante no Pilates a orientação de um profissional capacitado que tenha conhecimento em patologias, pois o trabalho de Pilates é bem profundo e se não for bem direcionado, pode ser prejudicial ao invés de ser efetivo. A avaliação postural é essencial para que o tratamento seja adequado", conclui Jefferson Diniz.

Por Jornalismo Portal EF

Treinamento Funcional e o MMA

MMA

      O treinamento funcional parece ser o treino querido de praticantes de MMA, mas em que será que esse tipo de treinamento ajuda os praticantes de luta?


      Recentemente um grupo de educadores físicos que se especializaram em Treinamento Funcional para MMA, a equipe com sede em Salvador, treina o grande lutador do UFC Júnior dos Santos “Cigano”.

Vamos entender melhor essas duas modalidades

Mixed Martials Arts (Artes Marciais Mistas)

      Um mix de lutas, a citar: Jiu Jitsu, Boxe e Muay Tai que juntos promovem apresentações de todas as grandezas, desde o UFC (Ultimate Fighting Championship) com prêmios altos em dinheiro e cinturões a serem conquistados até torneios regionais e municipais espalhados pelo Brasil e mundo.

Treinamento Funcional

Muito se tem escrito e contestado sobre o que é esse treinamento. Um grupo de profissionais esclarece que Treinamento Funcional (TF) é:

1. Treino do movimento e não apenas dos músculos com o objetivo de tornar o corpo mais inteligente.

2. Movimento com propósito que seja multiarticular (várias articulações) e multiplanar.

3. Trazer os treinamentos exclusivos de atletas para pessoas comuns, copiando seus gestos diários e melhorando suas performances.

      Pode parecer exagero fazer Treinamento Funcional se você trabalha sentado o dia inteiro. Você pensaria: copiar que gesto? Entretanto musculatura postural é exigida nesse “sentar” e com o tempo haverá, com certeza, má postura, dor nas costas e dor em articulações de todo o corpo.

      A febre do Treinamento Funcional surgiu com a demanda por treinos menos rotineiros.

      A musculação, para alguns indivíduos, é entediante e repetitiva. O Treinamento Funcional pode ser feito ao ar livre, quebrando a rotina de quem já passa o dia inteiro enclausurado em escritórios. Utilizam-se materiais diversos como pneus, bolas, cordas, TRX, elásticos entre outros. Com essa flexibilidade e diferencial, o TF atrai clientes que fogem de academias convencionais.

A junção do Treinamento Funcional com MMA?

      As artes marciais possuem movimentos específicos que devem ser executados com precisão ou corre-se o risco de perder uma luta ou até o cinturão. A especificidade do esporte exige um treinamento anterior à luta muito equilibrado e direcionado. O treinamento funcional encaixa-se perfeitamente na necessidade de treinamento com resultados que o MMA necessita.

      Os profissionais estudam a fundo os movimentos das artes marciais que são utilizados nas lutas e aplicam na rotina de exercícios que o atleta fará antes da luta. Simulando os movimentos alcança-se a perfeição pela repetição. Treinamentos equivocados levam o atleta a derrota, fato já comprovado por muitos treinadores.

      Com os lutadores, surgiram pessoas que se identificam com os treinamentos de MMA, mas não pretendem ir ao Octógono. Apenas gostam do tipo de treinamento e sentem-se motivados em simular golpes e socos das artes marciais.


Matéria publicada pelo site Hora do Treino 

Push-ups perfeitos

Faça o movimento certo

      A flexão de braços, também conhecida como push-up, é um exercício excelente. Mas, para tanto, é preciso fazê-la corretamente, ou seja, o seu corpo deve estar alinhado, do pé à cabeça. Mantenha, portanto, o abdômen e os glúteos contraídos. Você não é capaz de fazer muitas repetições mantendo essa postura? Faça esta progressão:
1. Comece por apoiar os braços sobre um banco ou superfície elevada. Quando for capaz de realizar 20 repetições sem comprometer a postura, passe ao exercícios seguinte.
2. Separe os pés na largura dos ombros. Você verá como fica mais estável e tem menos dificuldade para fazer o exercício.
3. Quando fizer o exercício anterior sem problemas, você pode passar ao push-up clássico, com os pés juntos.
4. Colocar uma fitball sob o quadril aumenta a dificuldade.
5. Apoiar os pés sobre a bola torna o exercício ainda mais difícil devido à instabilidade gerada e ao aumento da angulação em relação ao chão.
Fonte: http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=2938#topo

Dieta detox: você precisa disso?

É preciso muito cuidado antes de embarcar nesses modismos. O emagrecimento se deve à perda de água e, ao contrário do que se possa pensar, não é nada saudável.

Aposte no suco verde

      Nosso corpo acumula toxinas a partir da exposição aos alimentos, à água e ao ar. Acredita-se que a dieta moderna, rica em alimentos processados e químicos, tem aumentado de forma considerável a circulação de toxinas em nosso corpo. A dieta detox promete desintoxicar o organismo, removendo essas toxinas e contaminantes. Com isso, se propõe a prevenir doenças, aumentar a energia, a imunidade e as funções cognitivas, além de auxiliar na perda de peso.
      Há muitas versões de regimes desse segmento. Alguns incluem jejum ou apenas preparações líquidas e outros baseiam-se em alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais. Há, ainda, variações compostas por ervas, suplementos e outros componentes diuréticos ou laxativos. Quase todos eles restringem comidas processadas, bebidas alcoólicas e alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leite.
      Embora essa seja uma dieta popular, não há estudos clínicos que comprovem a sua eficácia. Há, por outro lado, muitos estudos que demonstram que a prática de jejum prolongado e dietas restritivas reduzem o metabolismo basal, prejudicando a queima de gordura. Dessa forma, a maior parte do peso perdido resulta da perda de líquidos decorrente da restrição severa de carboidratos e aumento do trabalho intestinal. Ao retornar à dieta de costume, o peso é rapidamente recuperado. Não há também subsídios na biologia humana que assegurem que o corpo necessite de ajuda para "se livrar" das toxinas, já que é amparado por um sofisticado sistema de "limpeza" que envolve diversos órgãos, entre eles o fígado, o rim e o intestino. Análises clínicas já comprovaram também que dietas desse tipo não tiveram sucesso na remoção de toxinas conforme o esperado.
      Além disso, a dieta detox é pobre em nutrientes essenciais e a sua prática frequente pode resultar em desidratação, desequilíbrio da flora intestinal e no desenvolvimento de acidose metabólica. Sintomas como fome, fraqueza muscular, tontura, hipoglicemia e náusea são frequentes. A sua segurança é questionável e depende da versão adotada e do tempo de segmento.
      Acredito que a melhora de alguns sintomas promovidos por essas dietas se deve à restrição de determinados alimentos, tais como os industrializados, embutidos, gorduras e álcool. Vale lembrar que um corpo saudável é resultado de uma rotina permeada por bons hábitos, entre eles dormir bem, alimentar-se com equilíbrio, praticar atividade física e manter um peso adequado. De nada adianta descuidar da alimentação e acreditar que estratégias imediatistas serão suficientes para “anular” os prováveis prejuízos de uma rotina desregrada.
Suzana Bonumá é diretora da consultoria nutricional Food Coach e especialista em fisiologia do exercício.

Use o rolo para massagear

Aposte nesses movimentos

      A massagem fascial é um dos métodos mais fáceis de aplicar e que gera os melhores resultados. Faça nas áreas mais tensas e onde há mais tecido conectivo. Experimente estes três exercícios com um rolo de espuma.
Foto 1. Deitado de lado, você conseguirá massagear o músculo tensor da fáscia lata e o glúteo médio.
Foto 2. Gire o rolo sobre os quadríceps, pressionando com os braços. Vá até os joelhos e volte.
Foto 3. Deitado com o rolo apoiado sob as costas, além de alongar o peitoral, você massageará a zona posterior da coluna.
Lygia Haydée
Fonte: http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=2937#topo

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Saiba os perigos de ignorar as dores

caimbra

      As dores aparecem em algum momento da vida. Mas, na verdade, os especialistas indicam que a dor não é uma parte normal do envelhecimento e não deve ser ignorada. 

      Ainda assim, estudos revelam que pacientes mais velhos costumam relatar dores aos médicos com menos frequência do que jovens adultos. Em vez de falarem a respeito, muitos sofrem em silêncio, à custa de sua qualidade de vida.

— A boa notícia é que pessoas mais velhas conseguem lidar melhor com a dor, mas a má notícia é que lidam com a dor diminuindo cada vez mais a atividade física e aceitando-as como uma consequência da idade — escreveu o médico Bruce A. Ferrell, geriatra da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ao lado dos demais autores do Primary Issues, um site voltado para médicos especializados em cuidados primários.

— Infelizmente, tudo isso pode levar a um círculo vicioso de cada vez menos atividade física, piora na saúde e negligência de condições tratáveis e remediáveis, resultando, por fim, em sofrimento desnecessário — acrescentou.

      Dores que não recebem cuidados podem levar à morte de adultos mais velhos, ao interferir na capacidade de fazer exercícios, comer corretamente e manter contatos sociais. Dores constantes podem levar à imobilidade, a problemas no sono, perda de apetite e isolamento.

Principal causa de dores pode ser tratada em idosos

      Segundo o estudo de uma equipe geriátrica, envolvendo 124 pessoas (com idades entre 71 e 90 anos) em um asilo na Carolina do Norte, apenas 10% relatavam não ter sentido dores no mês anterior. As causas variam de juntas com artrite a doenças crônicas. Ainda assim, a principal causa pode ser corrigida ou, caso contrário, tratada, gerando grande alívio da dor. Quase sempre existem tratamentos seguros e eficazes para reduzi-la.

      Algumas semanas antes do Natal, Dale Bell, um senhor ativo de 75 de Santa Monica, na Califórnia, relatou que seus ombros e quadris começaram a doer:

— Tomei ibuprofeno, fiz uma massagem e diminuí o ritmo dos exercícios na academia.

      Quando o tratamento não foi eficaz, ele recorreu a um médico, que sugeriu uma fisioterapia. Entretanto, antes que Bell pudesse começar, ele e a família fizeram uma viagem a Nova York, durante a qual a dor se intensificou, atingindo ombros e joelhos.

— Era quase impossível levantar da cama e me arrumar pela manhã — afirmou.

      Depois de receber o diagnóstico de polimialgia reumática em janeiro, ele obteve a receita de um esteroide, um relaxante muscular e um analgésico de efeito prolongado, além de fisioterapia.

      Bell já está de volta à academia, e está aumentando gradualmente a intensidade dos exercícios. Ele conseguiu diminuir a intensidade da dor que sentia e passou a controlar seu problema.

Medicação

      A crença falsa de que a dor é inevitável é só mais uma das muitas barreiras ao tratamento correto para os idosos. Uma vez que a dor seja reconhecida em um paciente mais velho, o desafio seguinte é realizar o tratamento adequado. Assim como as crianças não são adultos em miniatura, do ponto de vista médico, os idosos também não são versões enrugadas dos mais jovens. Mudanças na compleição física, no funcionamento dos órgãos e no metabolismo afetam a maneira como os mais velhos reagem ao uso de medicamentos.

      Os rins e o fígado perdem capacidade com o passar dos anos, por isso, para evitar os efeitos colaterais tóxicos dos medicamentos, às vezes é necessário usar doses mais baixas de analgésicos. Medicamentos potentes, nas doses comuns, podem se acumular na corrente sanguínea dos idosos.

Outras formas de tratamento

      Com grande frequência, os pacientes mais velhos sabotam os tratamentos eficazes por demorarem tempo demais para tomar o medicamento recomendado — é mais fácil controlar a dor quando ela começa, do que quando se torna severa demais — ou parando de tomar o medicamento abruptamente, tão logo deixem de sentir a dor. Os medicamentos contra a dor funcionam melhor se tomados de forma regular, especialmente quando a dor é crônica.

      Embora os medicamentos muitas vezes sejam essenciais, existem outras formas eficazes de tratar a dor. Medidas que podem ajudar — sejam sozinhas ou acompanhadas de medicamentos — são a fisioterapia, massagens, treinamentos de fortalecimento, exercícios de relaxamento, ioga, acupuntura, hidroginástica, aplicações alternadas de calor e frio na superfície dolorida, meditação, auto-hipnose e até mesmo ouvir música e brincar com animais de estimação e crianças.

      As dores artríticas são a reclamação mais comum entre os idosos que vivem em casa. A reação típica é a falta de atividade, que o relatório da equipe geriátrica descreveu como uma resposta irresponsável, já que “as consequências da falta de atividade física podem resultar em ainda mais problemas para o idoso”.

      Além de procurar uma forma apropriada de lidar com a dor, escreveram os autores, as pessoas mais velhas devem tentar “manter atividades do dia a dia mesmo com a dor, para tentar evitar problemas ainda maiores ligados à falta de atividade física”.

      Se você é idoso ou cuida de uma pessoa mais velha, esteja certo de que o médico pergunte sobre as dores a cada consulta — sobre frequência, duração e intensidade — e então, faça o necessário para resolver o problema. Como as enfermeiras costumam dizer: “Todo mundo, independentemente da idade, tem o direito de viver livre das dores”.


Matéria publicada pelo site Zero Hora