quarta-feira, 19 de junho de 2013

Nestea Pêssego Zero

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Segundo os nossos critérios de avaliação, o Nestea Zero ganhou uma nota menor do que o Ice Tea Light, principalmente no que se refere aos ingredientes. Ele contém muito mais aditivos alimentares, apesar das informações nutricionais serem semelhantes. A principal diferença é a quantidade de sódio, pois o Nestea possui o dobro (ainda que isso não represente um risco, pois é pouco para a porção). Ainda assim, preferimos um chazinho feito em casa mesmo a esses chás industrializados ;)
Sem açúcar!
Em um mundo de bebidas industrializadas cheias de açúcar encontramos esse produto sem açúcar! Por isso, essa bebida é caracterizada como DIET. Sabe o que significa DIET? É o termo utilizado em alimentos produzidos para indivíduos com exigências físicas ou quem sofre de doenças específicas como, por exemplo, o diabetes. Sendo assim, o produto NÃO PODE CONTER um NUTRIENTE ESPECÍFICO, tal como açúcar, gordura, proteína e sódio.
Fonte: Portaria n˚ 29, de 13 de janeiro de 1998.
Apresenta muitos aditivos alimentares!
Tem conservantes, corante, acidulantes, antiespumante, sequestrante, adoçantes….Nossa! Está longe de ser um inocente chá. Melhor optar por fazer em casa “à moda antiga”. Ele também ficará ZERO e bem mais natural ;)
Apresenta corante caramelo
Existem 4 tipos de corante caramelo. No produto não está especificado qual o tipo, mas sabemos que dentre eles se encontra o polêmico caramelo IV, possivelmente cancerígeno, utilizado em alguns refrigerantes.
Contém sequestrante hexametafostato de sódio. Nossa, quem será que ele sequestra??
Os sequestrantes interagem com os íons presentes no meio aquoso, mantendo-os em solução e evitando assim a formação de dureza que leva à precipitação dos corantes por formação de sais orgânicos. Os tipos mais comuns de seqüestrantes são o EDTA e o hexametafosfato de sódio. Uma concentração típica de uso de sequestrantes é de 0.5 gramas por litro.
Fonte: http://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/85622/190857.pdf?sequence=1
Apresenta acidulante ácido cítrico
De acordo com a ANVISA, um produto é classificado como acidulante quando é capaz de aumentar a acidez de um alimento ou conferir a ele sabor ácido. O acidultante ácido cítrico está presente naturalmente nas frutas, mas é acrescentado pela indústria aos produtos porque potencializa alguns efeitos desejados: impede o escurecimento dos alimentos, contribui para a extração da pectina e pigmentos das frutas, altera o sabor doce em alguns alimentos e evita a cristalização indesejada do açúcar.
Contém chá preto
Estudos têm demonstrado que a ingestão de chá preto pode ter um papel na redução do risco de doença coronariana (doença que afeta as artérias que irrigam o coração) e de diabetes tipo 2. Os resultados de estudos epidemiológicos sugeriram uma associação significativa entre o consumo regular de chá preto e uma redução do risco de doença coronariana em cerca de três ou mais xícaras por dia. Para risco de diabetes, os dados são restritos a alguns estudos de coorte que sugeriram uma associação benéfica em uma a quatro xícaras diariamente. Como vocês podem perceber, as quantidades de chá necessárias são elevadas e lembramos que o processamento pode interferir nessas propriedades. Estudo encontrou diferenças nos teores de compostos bons do chá preto e atribu essa diferença por alterações na composição do chá como: a estação do ano, o clima e a idade da folha utilizada, granulometria (amostra a granel) e ao processo de obtenção do chá preto.
Fonte: Ruxton, C. H. S. and Mason, P. Is black tea consumption associated with a lower risk of cardiovascular disease and type 2 diabetes?. Nutrition Bulletin, 37: 4–15, 2012. Beresniak, A. et al. Relationships between black tea consumption and key health indicators in the world: an ecological study. BMJ Open, 2012. Pereira, A. V. M. et al. Determinação de compostos fenólicos em amostras comerciais de chás verde e preto – chás verde e preto – Camellia sinensis (L.) Kuntze, Theaceae v. 31, n. 2, p. 119-124, 2009.
Quer saber mais sobre o Ciclamato de Sódio?
As dúvidas quanto à segurança de uso de ciclamato iniciaram após a observação de que alguns indivíduos e certos animais eram capazes de metabolizar ciclamato a cicloexilamina e de que a sua ingestão crônica aumentava a incidência de tumores de bexiga em ratos. Por esse motivo, o ciclamato foi proibido nos EUA em setembro de 1970.
Contudo, a FDA recebeu petição do setor produtivo para revisar essa proibição, a qual está atualmente em análise. A partir de então, foram conduzidos muitos estudos sobre carcinogênese envolvendo ciclamato, sozinho ou em misturas com sacarina, não tendo sido demonstrada incidência estatisticamente significativa de tumores na bexiga dos animais testados.*
No Brasil o uso deste adoçante é permitido.
Fonte: *ANVISA. Informe Técnico n˚ 40, de 2 de junho de 2009 – Esclarecimentos sobre o uso do edulcorante ciclamato em alimentos.
Quer saber mais sobre a Sacarina Sódica?
Poderia ser considerado o adoçante ideal, pois possui alto poder adoçante, é estável a altas temperaturas, é solúvel em água e não possui poder carcinogênico. Porém, apresenta sabor amargo, o que faz necessária a associação com outros edulcorantes. A associação mais comum é com o ciclamato de sódio. No entanto, gestantes devem restringir o seu uso, pois foi demonstrado que a placenta é permeável à sacarina e pode permanecer nos tecidos fetais.*
Fonte: *Vitolo, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2008.
Fonte: Fechando o Zíper - 15/05/2013

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